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Pais contam a emoção de ver o filho nascer na véspera do Dia dos Pais; vídeo

“Foi como se eu tivesse nascido também”, resume pai de segunda viagem que perdeu o primeiro filho há quatro anos

Camila Guimarães

O Dia dos Pais, celebrado nacionalmente no segundo domingo de agosto, foi além do imaginado para dois homens que se tornaram pais na véspera da data. Na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), o designer gráfico Denison da Silva, de 30 anos, e o operador de máquinas Egleson Cancio dos Santos, de 23 anos, viveram a emoção da paternidade como o primeiro presente de Dia dos Pais. No caso de Denison, a sensação era de renascimento, pois há quatro anos vivia o luto por ter perdido o primeiro filho com apenas três dias de vida.

“Na minha primeira experiência de paternidade, que eu quase não vivi, foi como se eu tivesse morrido junto com meu filho. Agora, é como se eu tivesse nascido também”, ele descreve, relembrando a perda que sofreu quando não conseguiu atendimento médico a tempo para o primogênito, que nasceu prematuro.

Denison explica que mora em São Miguel do Guamá, município do nordeste do estado, onde o acesso a alguns serviços de saúde são "difíceis" e, por isso, precisou se deslocar com a esposa até Castanhal, de onde foram mandados para casa, logo após o parto, mesmo com um bebê prematuro. Três dias depois, ao perceber que a criança não estava bem, Denison tentou voltar ao hospital, mas o bebê não resistiu durante a viagem.

Para Denison, a paternidade continuou sendo um sonho, porém, cercado de muito medo: “Eu não estava tentando ter outro filho. Eu tinha vontade, mas o trauma era muito forte. Meu medo era esse processo de novo, de ter que vir para o hospital, saber que está nascendo, e não saber o que vai acontecer”, expressa. 

image Denison da Silva revive a paternidade após a perda do primeiro filho. (Tarso Sarraf / O Liberal)

No entanto, desde o fim do ano passado, quando soube que a esposa, Vivian das Neves, estava grávida, Devison diz que a alegria pela paternidade foi retornando, na mesma medida em que a ansiedade crescia. Sua expectativa era tanta, que ele foi o único, entre familiares e obstetras, que acertou a data do nascimento da Ana Vitória, que veio ao mundo na virada de sexta-feira, 12, para sábado, 13. Ele conta como foi acompanhar o trabalho de parto:

“Como lá em São Miguel eles não deixam entrar homens como acompanhantes, ela veio para Belém com a sogra da irmã dela e eu vim depois. Cheguei às nove horas da noite, sexta-feira e, como ela já estava em trabalho de parto, não dava para trocar de acompanhante. Mas eu fiquei acompanhando tudo pelo celular, a noite toda”, relata. Sobre a experiência do parto, Denison complementa: “Dizem que homem não sofre, mas sofre sim!”, brinca, satisfeito por segurar a filha nos braços, com saúde.

 

Véspera do Dia dos Pais também teve pai de primeira viagem

O pequeno Gael Pietro veio ao mundo na madrugada deste sábado, 13, pontualmente às 2h16, bem a tempo dos preparativos para o primeiro Dia dos Pais ao lado do mais novo pai da família Santos - o operador de máquinas Egleson Cancio, de 23 anos, que vive essa experiência pela primeira vez.

Egleson conta que sempre sonhou em ser pai – um desejo que ele atribui ao exemplo de paternidade que veio de dentro de casa: “Sempre me espelhei no meu pai, porque ele é a pessoa que me ensinou a ser esse grande homem que eu sou. Então ele é minha maior referência. Ele é um grande homem na minha vida, sem ele eu não seria quem sou”, comenta.

image Egleson dos Santos é pai de primeira viagem às vésperas do Dia dos Pais. (Tarso Sarraf / O Liberal)

Para Egleson, ao descobrir a gravidez da esposa, Eduarda Vitória, foi como se o mundo mudasse aos seus olhos: “Quando eu descobri, eu fiquei paralisado, mas depois fiquei feliz. Acho que saber que eu ia ter um filho me fez ser um homem diferente, ver a vida com outros olhos”.

As descobertas não pararam a cada dia ao longo de todo o processo de gestação de Eduarda. No momento do parto, não foi diferente. Egleson descreve que a experiência foi muito além do que ele tinha imaginado: “Eu estava meio nervoso, quase para desmaiar. Eu sou muito ansioso, então fiquei um pouquinho do lado de fora da sala de parto, mas depois entrei, segurei na mão dela e consegui ficar com ela. Nunca tinha imaginado como seria, mas Deus fez tudo na hora certa”.

Agora, com Gael nos braços, nome orgulhosamente escolhido por ele mesmo, Egleson conta suas expectativas de agora em diante: “Pra mim está sendo uma felicidade muito grande. Ele veio para mudar minha vida e eu quero ensinar a ele sobre Deus, que ele possa crescer na sabedoria. Eu estou muito grato por Deus ter feito que ele viesse ao mundo. Ele é o meu maior presente que Deus me deu de Dia dos Pais”.

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