Hospital universitário está fazendo pesquisa sobre a saúde mental em tempos de coronavírus
Objetivo da pesquisa do Bettina Ferro de Souza é saber sobre como está a população que está em distanciamento social temporário
As medidas de distanciamento social temporário, contra a covid-19 — grave doença respiratória, causada pelo coronavírus sars-cov-2 —, afetam a mente de muita gente por todo o mundo. Pessoas estão assustadas. sendo bombardeadas de informação, preocupadas com a economia, com sensação de solidão e sofrendo com ansiedade e depressão. Se não estiverem doentes, no mínimo, estão cansadas. Para saber melhor como a população está se sentindo mentalmente, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) está fazendo uma pesquisa online sobre saúde mental.
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Essa pesquisa está disponível para vários países e em vários idiomas. É um estudo que pode ter resultados bem diversificados e amplos. O questionário leva cerca de 10 minutos para ser respondido. Por si só, já pode ser uma atividade para quem está entediado. Ou uma válvula de escape e desabafar sentimentos de angústia em meio à pandemia de covid-19. Até agora, mais de 5 mil pessoas já responderam. É importante lembrar que se trata de um estudo científico e precisa ser respondido de forma sincera e responsável.
A pesquisa está vinculada ao Ambulatório de Ansiedade e Depressão (Ambad), que funciona no HUBFS, e conta com o envolvimento dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) e em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC). A iniciativa é coordenada pelo professor Janari Pedroso, com a participação do professor Amauri Gouveia Júnior e de alunos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação.
Além das condições emocionais, a pesquisa busca identificar perfis sociodemográficos dos participantes de diferentes países, como aspectos pessoais e ambiente físico, identificar as reações emocionais experienciadas na situação de distanciamento social temporário (ou isolamento, caso tenha sido necessário) e identificar os comportamentos em relação ao isolamento social preventivo.
“Queremos saber se o isolamento social preventivo apresenta correlação estatisticamente significante, de natureza negativa ou positiva, com o otimismo e a esperança, e com os afetos negativos e os afetos positivos, apresentando valores preditivos significativos que comprovem seus efeitos no funcionamento emocional dos participantes nos diferentes países”, explica o professor Janari Pedroso, coordenador da iniciativa.
O resultado da pesquisa poderá contribuir com a ciência, no campo da saúde mental, e com políticas e ações de atendimento para prevenção e tratamento de problemas psicológicos decorrentes do isolamento e distanciamento social temporário. Como a iniciativa busca alcançar um grande público, de diversos países, os questionários foram traduzidos para espanhol, inglês, alemão, francês e italiano, com a revisão de nativos, a fim de garantir o melhor entendimento de todos os participantes.
A pesquisa possui aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), e servirá de base para a produção de artigos científicos internacionais. É mais um trabalho da universidade pública que terá retorno social amplo.
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