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Inovações médicas possibilitam tratamentos menos invasivos para pacientes com câncer de mama

Evolução da área oncológica oferece mais eficiência no controle e cura da doença

Lorena Saraiva
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) o câncer de mama é o que mais causa mortes pela doença em mulheres no Brasil. Para 2022, foram estimados 66.280 casos novos e a campanha Outubro Rosa, reconhecida no mundo todo, atua para conscientizar e reduzir esses números.

Nódulos endurecidos, fixos e indolores; alterações no mamilo e a pele da área da mama avermelhada, retraída e semelhante a uma casca de laranja são sintomas da doença e sinais de alerta para a consulta médica. Fatores de risco também devem ser sinais de atenção, como o estilo de vida, histórico reprodutivo e hormonal e históricos hereditários e genéticos.

O oncologista clínico Francisco Pereira Borges Filho, do Grupo Hapvida e Grupo Hemolabor esclarece que há vários tipos de câncer de mama sendo classificados conforme a invasão local e os tipos de célula. O carcinoma ductal in situ, conhecido como câncer de não invasivo, representa cerca de 20% dos casos de mama e é caracterizado pela concentração das células fora das regiões mamárias.

image O oncologista clínico Francisco Pereira Borges Filho, do Grupo Hapvida e Grupo Hemolabor, explica as inovações na área médica para os tratamentos do câncer de mama (Divulgação)

 “Os tumores nessa condição, as células cancerígenas não se espalham para os tecidos mamários próximos ao ducto, nem para outros órgãos. Tumores diagnosticados ainda nesse estágio de doença têm uma resposta muito positiva aos tratamentos, com grande chance de cura”, pontua o médico.

Outro tipo é o câncer mamário invasivo, que invade as estruturas da mama, seja o tecido gorduroso e os ductos mamários. Há uma outra neoplasia de mama, que se origina na aréola e no mamilo e gera alterações peculiares, como coceira local, queimação, vermelhidão, queimação e em alguns casos ocorre a inversão de mamilo, condição chamada Doença de Paget.

Com as primeiras suspeitas, o próximo passo é o rastreamento para o diagnóstico da doença. Francisco chama a atenção para o acompanhamento e controle ginecológico desde o início da vida sexual da mulher ou a partir da sua maioridade. E destaca a importância da mamografia associada a ressonância para as pacientes acima de 40 anos, pois a combinação da punção e biópsia ajuda a descartar as dúvidas.

Após o diagnóstico se inicia o tratamento, que está relacionado com a condição do câncer quando descoberto. “O tratamento é sempre multidisciplinar e passa pela cirurgia, quer seja pela retirada de toda a mama (mastectomia) ou de parte dela (quadrantectomia ou setorectomia) e de alguns gânglios da axila. A quimioterapia, radioterapia e tratamentos com terapias hormonais são usados de acordo com o tipo da célula e se essa responde a hormônios femininos”.

O conhecimento do próprio corpo e a realização constante do autoexame são formas de prevenção e diagnóstico nas fases iniciais, como recomenda o especialista. “O autoexame da mama deve ser realizado mensalmente, com observação visual da mama, palpação de toda sua estrutura na busca de nódulos ou retrações, assim como alterações da pele ou eliminação de secreção anômala pelo mamilo. Em caso de encontro de alguma alteração o médico deve ser procurado imediatamente.”

image Altaide Pimentel, 69 anos, alerta sobre a importância da realização frequente do autoexame para prevenção e diagnóstico precoce da doença (André Oliveira / O Liberal)

Foi assim que Altaide Pimentel, de 69 anos, percebeu algo diferente durante a sua rotina. “Eu sempre tive o cuidado de em casa na hora do banho fazer exame de toque e eu detectei um nódulo no bico do peito e eu me preocupei”. E faz alerta para a importância e frequência do exame.

Ela buscou ajuda médica e chegou ao diagnóstico de câncer de mama, nível quatro, e iniciou o tratamento, que ela relembra como uma fase de transformações e desafios, mas que enfrentar de forma positiva fez toda a diferença.  Altaide conta que o primeiro alerta para a doença foi aos 25 anos de idade, quando retirou dois nódulos benignos e desde então realiza a mamografia anualmente.

As inovações tecnológicas dos últimos anos trazem resultados cada vez mais eficazes. Para o médico, a evolução na área permitiu tratamentos com mais eficiência no controle e na cura do câncer, como a imunoterapia, que estimula o sistema imune para combater a doença. “O uso da imunoterapia hoje é uma realidade que vem ganhando espaço nos casos mais agressivos da doença e provavelmente serão de grande valia num futuro próximo”.

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