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Médico atende criança com pneumonia dentro da água para salvá-la e ato viraliza na web

Rodrigo Damasceno aparece com a água acima da cintura, examinando a criança com um estetoscópio, enquanto a mãe segura o filho no colo dentro de uma canoa

Com informações do G1

As enchentes, que estão ocorrendo na cidade de Tarauacá, no interior do Acre, inundaram mais de 90% do município e deixou mais de 400 pessoas desabrigadas. Em meio ao caos, uma imagem que mostra um  médico atendendo um bebê, que está com pneumonia, dentro da água viralizou nas redes sociais e deu esperança às pessoas.

Na foto, Rodrigo Damasceno, que tem ido às ruas para atender a população da cidade, aparece com a água acima da cintura, examinando a criança com um estetoscópio, enquanto a mãe segura o filho no colo dentro de uma canoa. Eles fazem parte de uma das famílias que moram na Rua Manoel Lorenço, no bairro da Praia, um dos primeiros atingidos pela enchente na cidade.

"A maior dificuldade em consultar é deixar um barco próximo ao outro. Então, é mais fácil ficar fora e dentro da água e consultar as pessoas dentro do barco, assim, temos uma mobilidade melhor. É a maior alagação que vivenciei no município e que está afetando mais as pessoas. Essa criança tem dois anos e está com pneumonia. Conseguimos remédios com uma farmácia local e saímos também distribuindo a medicação, porque não adianta dar só a receita se a família não tem condições de comprar", explicou o profissional da saúde.

Para Damasceno, que também é ex-prefeito de Tarauacá, o momento é de ir até os pacientes, visitar as casas da região para oferecer ajuda, porque a maioria das pessoas estão isoladas nos bairros e não podem sair para procurar atendimento. 

Além disso, ele contou que muitas unidades de saúde estão inundadas e a cidade enfrenta um surto de dengue. Médico há 14 anos, Rodrigo oferece o que pode, seja um atendimento, um remédio ou um prato de sopa, mas sabe que a população precisa de muito mais. 

"O povo está passando [por] uma necessidade grande, acabou o auxílio emergencial, hoje fui em uma casa entregar sopa que o pessoal não tinha tomado café e nem almoçado. Só iam comer a sopa. O que estamos tentando fazer é amenizar o sofrimento, levando uma sopa, atendimento, pão, para ver se consegue ajudar uma parte da população", afirmou.

“Estamos em uma encruzilhada, o pouco que fazemos não vai resolver todos os problemas, mas fazemos nossa parte. Teve uma pessoa hoje, quando fomos distribuir a sopa, que falou: ‘doutor, a gente quer que a água baixe’. Falei que não podia ajudar dessa forma, mas com um atendimento e sopa podia”, lamentou.

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