'Extinção em massa' de abelhões é atribuída à mudança climática

Estudo mostra que queda foi de quase 50% e uma única geração

Reuters
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Quando o cientista Peter Soroye viu pela primeira vez as cifras que mostravam que as populações de abelhões estimadas na América do Norte diminuíram em quase 50% em uma única geração, achou que se tratava de um erro de digitação.

Ele verificou os números - resultantes de uma análise de longo prazo de populações de abelhões publicada no periódico científico Science na quinta-feira - sete vezes para ter certeza de sua exatidão.

As temperaturas em elevação estão contribuindo para os declínios drásticos dos abelhões na Europa e na América do Norte em níveis "condizentes com uma extinção em massa", o que ameaça o cultivo de alimentos, concluiu o estudo.

Os pesquisadores estimaram que as populações de abelhões europeus diminuíram 17% entre os dois períodos que o estudo analisou - de 1901 a 1974 e de 2000 a 2014 -, e na América do Norte o número foi de 46%.

"A última vez em que vimos um tipo de taxa de extinção semelhante foi quando o asteróide atingiu a terra e matou os dinossauros", disse Soroye, principal autor do estudo e estudante de PhD na Universidade de Ottawa.

"Então não acho que exista muita dúvida neste momento de que estamos em um período de extinção em massa."

O declínio das populações de abelhas também foi relacionado ao uso intenso de pesticidas e à perda de habitat causada pela mudança no uso da terra, mas Soroye disse que o aquecimento global está exacerbando o efeito.

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