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Mulheres se envolvem menos em acidentes, aponta levantamento

De acordo com o Programa Vida no Trânsito, vinculado à Sesma, de um total de 5.485 vítimas de acidentes de trânsito, em Belém, em 2018, apenas 28% das vítimas eram do sexo feminino

Dilson Pimentel

As mulheres se envolvem menos em acidentes do que homens. É o que apontam os dados colhidos pelo Programa Vida no Trânsito, ligado à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Em 2018, a Lista Única de Vítimas de Belém (LUV) apresentou um total de 5.485 vítimas de acidentes de trânsito no município. Desse universo, 67% é composto por vítimas do sexo masculino e 28%, do sexo feminino. O terceiro percentual é composto por vítimas que não tiveram o sexo informado.

A Lista Única de Vítimas é composta pelo cruzamento de dados fornecidos por diversas fontes, como o Serviço Móvel de Urgência (Samu), Autorização de Internação Hospitalar (AIH), Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Corpo de Bombeiros Militar do Pará (BMPA). E, já visando o Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8), a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) promoveu, na manhã desta sexta-feira (6), promoveu ações internas com as servidoras e também abordagem a motoristas, pedestres e ciclistas na saída do estacionamento do shopping It Center, na avenida Pedro Álvares Cabral.

Com o tema "Mulher ao Volante, Prudência Constante", a ação objetivou desmitificar um pensamento antiquado de que apenas homens podem ser bons motoristas, destacando as boas práticas da mulher no trânsito, além de reforçar orientações de segurança, como travessia em locais adequados, conduzir o veículo utilizando o cinto de segurança, transportar passageiros de forma adequada, utilizar a ciclofaixa, entre outras.

Moradora do bairro da Sacramenta, a dona de casa Andreia Ferreira foi abordada pela equipe de educação para o trânsito da Semob. Ela, que é ciclista, conta que utiliza a bicicleta frequentemente para seus compromissos, sempre buscando usar vias que contam com ciclofaixas e atentando para a sinalização de trânsito. "Pra mim, a bicicleta é uma ótima ferramenta de locomoção. Uso no meu dia-a-dia para buscar meus filhos na escola, fazer compras, pagar contas... Além de fazer bem à saúde, pois melhora meu condicionamento físico e evito estresse no trânsito", disse.

A corretora de imóveis Ediraci Lucena, que dirige desde os 18 anos, afirmou que nunca se envolveu em acidentes de trânsito. Ela contou que sempre fica atenta para ter cuidado enquanto dirige, utilizando equipamentos adequados, como cinto de segurança. No momento da abordagem, Ediraci, que tem mais de 60 anos, ocupava uma vaga de estacionamento preferencial e fez questão de mostrar que possuía uma credencial. "Além de cumprir com meus deveres, busco também meus direitos. Assim que completei a idade mínima exigida pela legislação, solicitei a emissão da credencial. Já tem pouco mais de um ano que utilizo o documento", disse.

A chefe da divisão de educadores de trânsito da Semob, Tatiane Pinheiro, disse que as mulheres tendem a ser mais cautelosas e evitam situações de conflito no trânsito. "Obviamente, essas práticas não são exclusividades femininas. Mas os números apontam a incidência maior de acidentes envolvendo motoristas do sexo masculino. Por isso é importante lembrar que comentários e pensamentos retrógrados ou preconceituosos em nada agregam na melhoria do trânsito. Cada pessoa precisa fazer sua parte para que ele fique cada vez melhor", afirmou.

 

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