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Hoje no Flamengo, remadora paraense busca vaga na olimpíada e relata dificuldades das mulheres no esporte

Nayara Furtado falou sobre a carreira, dificuldades, sustos e preconceitos no esporte de remo

Fabio Will

No Dia Internacional da Mulher, a remadora paraense Nayara Furtado, de 26 anos, celebra o bom momento na carreira. Atualmente defendendo as cores do Flamengo-RJ, viveu momentos complicados por ser mulher e mostra como driblou as dificuldades no meio esportivo.

Natural de Belém, Nayara iniciou sua carreira no Clube do Remo, na garagem náutica do bairro da Cidade Velha. A descriminação é comum e em vários aspectos, desde os treinos, forma de desempenhar uma simples corrida e também financeira.

“Sempre vi descriminação da mulher no esporte. Durante os treinos, ouço dizer quando são criados os treinamentos, existe o de homem e o de mulher. Outro exemplo é na hora em que corremos, sempre falam: ‘Você está correndo igual a uma mulherzinha’. Não existe diferença entre uma corrida masculina e uma feminina. O porte físico é outro ponto, no esporte de remo, a mudança no corpo é grande e somos masculinizadas, principalmente por se destacar em um esporte que normalmente homens são os destaques”, comentou.

Nayara relata que já foi perseguida em Belém, quando voltava de um treino de natação. De acordo com a remadora, foi algo traumático.

“Quando eu era mais nova, voltava de um treino e notei que um homem estava me seguindo. Ele começou a correr atrás de mim. Corri também e cheguei em casa desesperada pedindo ajuda do meu ai e também meu irmão. Não faço ideia qual seria a intenção dele”, comentou.

O preconceito com a mulher no esporte reflete em pouca visibilidade. Nayara busca uma vaga na Olimpíada de Tóquio e reclama da falta de apoio e a valorização do esporte no país.

“A visibilidade precisa melhorar. As mulheres necessitam de apoio, precisam ser mostradas e valorizadas. Infelizmente é muito duro ser mulher e atleta no Brasil. O esporte é uma ferramenta essencial para a igualdade de gênero, mas tudo começa pelo respeito”, frisou.

De olho em Tóquio

A paraense está a luta por uma vaga em Tóquio. Campeã da seletiva nacional e atual campeã brasileira, Nayara garantiu vaga no Sul-Americano que será disputado no Rio de Janeiro (RJ), em abril, além de disputar o Mundial na Suíça.

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