Professores debatem a Política Nacional dos Resíduos Sólidos no Mobiliza Live Summit
Conversa foi com José Almir e Maria do Socorro Almeida Flores
Em mais uma sessão do Liberal Mobiliza Live Summit, foi a vez de um debate sobre os avanços e retrocessos no Pará nos dez anos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos. No bate-papo, participaram os professores José Almir e Maria do Socorro Almeida Flores.
Almir é doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento e mestre em Recursos Hídricos e Engenheiro Sanitarista, trabalhando como professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), enquanto Maria do Socorro é advogada e consultora jurídica, doutora em Direitos Humanos e Meio Ambiente, além de professora associada do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA/UFPA).
"Houve sim avanços, de maneira geral. Mas em relação ao Pará não avançamos tanto. Não temos solução para Região Metropolitana de Belém. Contudo, eliminamos o lixão do Aurá, que virou um aterro em Marituba Tem problemas? Sim, mas foi um certo avanço. Então, pelo menos, se começa a fazer alguma coisa para resolver esse grave problema que a população enfrenta", pontuou o professor Almir, que disse ainda que os prefeitos da Grande Belém precisam se entender para elaborar o consórcio que debaterá a destinação dos resíduos sólidos após o fechamento do aterro de Marituba. "A coisa tem que ir pro papel. Não pode ficar só nas propostas, pois os municípios estão muito atrasados", disse o professor.
Para a professora Maria do Socorro, além da destinação dos resíduos, é preciso que a sociedade mude seus hábitos desde o início do ciclo dos resíduos pensando melhor no que compra e como destina o que sobra.
"A maior dificuldade é mudar comportamento, e isso implica que a sociedade e o estado o poder público tomem ciência do que a legislação traz como princípio. Não se fala mais em lixo, e sim em resíduos sólidos, e isso começa desde a ação do consumidor. Quando você compra uma garrafa de água, você vai consumir o líquido, mas também tem que pensar no envase, na garrafa. Você é responsável pela destinação adequada desse produto, e isso é o mais difícil, a mudança de comportamento. A maior dificuldade para colocar a legislação em prática não são os prazos, mas que a sociedade assuma que é responsável pela destinação dos destinos sólidos. Ela é de cada um de nós", disse a professora Maria do Socorro, que ainda pontuou que a reciclagem também precisa ser tratada como fonte de renda para, que assim, seja mais valorizada pela sociedade.
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