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Temperatura corre o risco de subir 1,5°C em relação ao período pré-industrial

Professores Marcelo Bentes Diniz e Sérgio Luiz de Medeiros Rivero explicam como deve ocorrer o processo de redução do carbono na economia e na sociedade

Valéria Nascimento

As mudanças climáticas são um dos grandes desafios da atualidade. E, para que ela não alcance níveis críticos, é necessário a descarbonização do planeta. Marcelo Bentes Diniz e Sérgio Luiz de Medeiros Rivero, professores titulares da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA) explicam mais sobre a redução do carbono na economia e sociedade.

“O objetivo buscado por todas as nações, por todos os cidadãos e seus respectivos países é não chegar a um ponto crítico, que é a elevação da temperatura da terra de 1,5°C acima da temperatura pré-industrial”, explica Marcelo Diniz, que também é professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPA. “Estudos apontam que já estamos próximos de 1°C”, ressalta ele.

O relatório especial “Aquecimento Global de 1,5 C°”, publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC),  aponta alguns impactos das altas temperaturas. Dentre eles, mudanças nos padrões de chuva, aumento do nível do mar, aumento da acidificação do oceano e eventos extremos, como inundações, secas e ondas de calor. 

Para que isso não ocorra são necessárias mudanças desde o social, no esforço individual de cada um, até o econômico, em uma economia de baixo carbono. O Protocolo de Quioto e, mais recentemente, o Acordo de Paris são decisivos nesse processo. Por meio deles, cada país assumiu uma cota voluntária de redução das emissões mundiais de Gases de Efeito Estufa (GEE). 

BAIXO CARBONO

A economia de baixo carbono refere-se à transição das atividades econômicas para processos que não emitam ou emitam muito pouco os gases de efeito estufa, como o CO2. “Esta mudança tem a ver com transformações nos processos de produção de energia, transporte, agricultura, entre outros”, explica Sérgio Riveiro. “O caminho necessário é a mudança estrutural nos nossos modos de produzir (energia, bens, transporte, etc), fazendo com que estas atividades não gerem emissões”. 

Dentre as ações necessárias para a mudança, ele destaca, por exemplo: modificar os sistemas de transporte urbano, reduzindo a circulação de automóveis e promovendo o transporte coletivo e com bicicletas; modificar a produção de energia para ampliar a participação de energias limpas, como a eólica e a solar; modificar os sistemas produtivos agropecuários; e modificar hábitos de consumo.

Além disso, também são práticas benéficas: aumentar a reciclagem e o reuso; fazer utilização de tecnologias agropecuárias que não impliquem no desmatamento e permitam a recuperação de terras degradadas; e desenvolver tecnologias que permitam um uso mais eficiente da água ou reuso.

SOCIEDADE

Cada indivíduo, em suas ações cotidianas, também tem papel fundamental. “A pergunta que se faz é: o que posso fazer? Minhas ações importam como? Minhas ações vão ajudar na proteção da biodiversidade; vão ajudar no consumo de menos energia; vão ajudar no consumo de menos recursos naturais e, consequentemente, também na geração de menos poluição”, explica Marcelo Diniz.

Dentre as ações que ajudam na descarbonização da economia e, consequentemente, do planeta, ele destaca: a preferência por produtos que utilizem menos embalagens ou embalagens biodegradáveis; preferência por produtos que consumam menos energia e utilizem componentes que possam ser reciclados; não consumir produtos que derivam do desmatamento; e utilizar produtos recicláveis.

“O importante é pensar que o efeito em escala, a soma dos esforços individuais, é que vai assumir uma proporção considerável capaz de ter um efeito positivo em termos de redução de gases do efeito estufa”, explica Marcelo “Toda a sociedade precisa está comprometida”, ressalta.

Em OLiberal.com/mobiliza você também encontra a calculadora de carbono, ferramenta que ajuda você a descobrir o quanto de carbono emite com atividades do cotidiano e como pode compensar as emissões. O projeto Liberal Mobiliza conta com apoio da Vale e da Guamá Tratamento de Resíduos.

Ações cotidianas que ajudam na descarbonização 

1. Preferência por produtos que utilizem menos embalagens ou embalagens biodegradáveis; 
2. Preferência por produtos que consumam menos energia e utilizem componentes que possam ser reciclados; 
3. Usar meio de transporte coletivo e não dependente de combustíveis fósseis; 
4. Utilização de fontes de energia renovável, como eólica e  solar.
5. Substituição de hábitos de consumo; 
6. Não consumir produtos que derivam do desmatamento 
7. Utilizar produtos recicláveis ou reciclado

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