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Separar os resíduos é o primeiro passo para a reciclagem

Aplicativo de celular Cataki é um dos aliados na hora de segregar os resíduos sólidos

João Thiago Dias

Você separa os resíduos sólidos produzidos em casa? Você sabe a importância dessa segregação para o futuro do planeta? Esses questionamentos ainda confundem muita gente que, por falta de informação, orientação, dedicação ou suporte, acabam misturando resíduos sem possibilidade de reaproveitamento com outros que ainda podem ser reutilizados. Com o descarte dessa mistura, o meio ambiente pode ser poluído e os aterros sanitários, que recebem e tratam o lixo, perdem espaço com materiais que poderiam ganhar outra serventia, como, por exemplo, se tornando fonte de renda daqueles que trabalham com reciclagem.  

Esse é o tema desta segunda reportagem especial do projeto de comunicação socioambiental Liberal Mobiliza, do Grupo Liberal, que reforça o debate sobre resíduos sólidos, por meio das mídias e plataformas de comunicação do Grupo, principalmente no âmbito de Belém, Ananindeua, Marituba e na região de Altamira e cidades próximas, com o objetivo de engajar a sociedade. O projeto conta com patrocínio da Prefeitura de Belém e apoio das empresas Norte Energia e Guamá Tratamento de Resíduos.

image Em casa, o professor Paulo Pinho conta com o auxílio da funcionária do lar Rosângela Silva para reservar resíduos secos para reciclagem (Igor Mota / O Liberal)

Para exemplificar a segregação dos resíduos domiciliares, o fundador e presidente da Associação Amigos de Belém, o professor e doutor em engenharia ambiental Paulo Pinho, que promove ações em defesa da sustentabilidade junto à associação, explica que a educação ambiental é essencial. A funcionaria do lar Rosângela Silva, é uma das colaboradoras da separação e dos processos de reutilização.

No apartamento onde ele mora, eles reservam resíduos secos para reciclagem. Também são separados vidros para outras utilidades. E os resíduos orgânicos vão para baldes empilhados que formam uma composteira doméstica, onde é feita a técnica da compostagem, processo natural de decomposição que transforma as sobras de material orgânico em adubo e fertilizante naturais.

O professor conta, ainda, com o apoio do aplicativo Cataki, disponível para download nos sistemas Android e iOS, que tem o objetivo de potencializar o trabalho de catadores de materiais recicláveis do Brasil. A plataforma conecta esses trabalhadores diretamente com os geradores dos resíduos, facilitando o processo de reciclagem. Com a localização dos celulares, o app mapeia os catadores que estão mais próximos das pessoas que desejam descartar algum material.

image Paulo Pinho é doutor em Engenharia Ambiental e presidente da Associação Amigos de Belém (Igor Mota / O Liberal)

"Papel, papelão, plástico, esponja, metais, embalagens não vão para o saco comum do lixo. A cada vinte dias, a gente usa o aplicativo Cataki  para chamar uma cooperativa de material reciclável. O Pará não tem logística reversa do vidro, mas, junto ao Ministério Publico, estamos chamando todos que fabricam e utilizam este material para assumir essa logística reversa, para reintrodução do resíduo ao ciclo de produção como matéria-prima", explicou Paulo. 

"Quando a dona Rosângela está preparando o almoço, a gente reserva a matéria orgânica do que sobra para jogar na composteira. Podemos até deixar guardada no congelador para colocar depois. Para a compostagem, preciso do nitrogênio, por meio dos restos de vegetais, misturando com carbono, que pode ser de folhas secas ou serragens. Vira bom adubo. E bom fertilizante para as plantas daqui de casa. Ainda reaproveitamos embalagens de amaciante e de álcool para colocar o fertilizante", acrescentou. 

O professor afirma que essas iniciativas representam cerca de 80% a menos dos materiais que vão para a coleta domiciliar. "Só os recicláveis representam cerca de 20% do que geramos. O vidro, cerca de 10%. Orgânicos, cerca de 50%. Resolvo em torno de 80% do volume que vai para o aterro sanitário em Marituba. Além disso, no nosso condomínio, fizemos uma reunião para orientar sobre separação de papel e papelão, que são colocados em um contêiner específico para reciclagem", concluiu.

Dicas para separação do lixo

RESÍDUO SECO

Pode ser reciclado; não estão contaminados ou sujos com outras substâncias (orgânicas ou não)

PAPEL
▪ Recicláveis: caixa do tipo longa-vida e de papelão, papel laminado, nota fiscal, envelope, jornal e revista. Podem ser dobrados ou picados, mas não amassados. 
▪ Não recicláveis: papel celofane, papel plastificado, papel parafinado, papel carbono, papel de fax, fotografia, papel toalha, guardanapo e papel sanitário.

PLÁSTICO
▪ Recicláveis: praticamente todo tipo é reciclável.
▪ Não recicláveis: adesivos, acrílico e cabos de panelas.

METAL
▪ Recicláveis: enlatado, ferragem, arame, chapa, cano, prego, parafuso, cobre e alumínio.
▪ Não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de verniz e latas de produtos tóxicos.

VIDRO
▪ Recicláveis: pode ser reciclado
▪ Não recicláveis: lâmpadas, cristais, espelhos, vidros temperados etc.

ISOPOR
▪ Reciclável. Deve ser colocado no recipiente coletor de plásticos.

PRODUTOS PERIGOSOS QUE NUNCA DEVEM IR PARA O LIXO
▪ Lâmpada fluorescente, cartucho e toner, pilha e bateria, eletrônicos velhos ou quebrados.

Obs.: devem ser devolvidos no local da compra ou em pontos de coleta específico para esse fim.

RESÍDUO ÚMIDO

Não pode ser reciclado (resto de comida, papel sujo, bituca de cigarro, fralda descartável)

Obs.: papel higiênico, guardanapo e lençol usado são considerados lixo úmido.

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