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Coleta seletiva só é possível com separação do lixo

Em Belém, a coleta seletiva já contempla cerca de 40% da cidade

João Thiago Dias
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A coleta seletiva, que consiste na coleta diferenciada de resíduos previamente separados segundo a constituição ou composição, permite que materiais com características similares sejam selecionados pelo gerador (cidadão, empresa ou outra instituição) e disponibilizados para a as cooperativas de catadores, facilitando, assim, um próximo beneficiamento. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a implantação dela é obrigação dos municípios.

Este processo deve permitir, no mínimo, a segregação dos resíduos recicláveis secos. E também dos rejeitos, que são enviados para aterros sanitários. Há, ainda, os resíduos orgânicos, que não devem ser misturados com outros tipos de resíduos, para que não prejudiquem a reciclagem dos resíduos secos e para que os resíduos orgânicos possam ser transformados em adubo.

Em Belém, a coleta seletiva já contempla cerca de 40% da cidade, mas ainda se restringe apenas a bairros centrais. Cerca de 700 toneladas de resíduos recicláveis são recolhidos por mês beneficiando onze cooperativas que trabalham em roteiros predefinidos com o apoio da Prefeitura de Belém, passando de porta em porta. Três galpões recebem o material coletado, onde é feita a seleção do que será reaproveitado. 

Também estão disponíveis 31 ecopontos em Belém e distritos para que a população descarte os materiais recicláveis. Outra opção são mais de 20 Locais de Entrega Voluntária (LEVs), que estão espalhados por praças e vias de grande circulação, incluindo os distritos. 

image O material depositado nos LEVs são destinados para associações de catadores cadastradas pela Prefeitura de Belém (Claudio Pinheiro / O Liberal)
image Imagens como esta são comuns em praças com grande circulação de pessoas (Claudio Pinheiro / O Liberal)

O coordenador da Coleta Seletiva do Lixo da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), José Soares Júnior, disse que o desafio para efetivar ainda mais este trabalho depende da conscientização sobre segregação. "É um dos maiores entraves. O resíduo domiciliar é uma responsabilidade compartilhada. Mas tem gente que ainda resiste em separar. O que para muitos é lixo, para as cooperativas é fonte de renda", frisou. 

"Temos uma equipe de educação ambiental que acompanha os catadores nos roteiros para esclarecer sobre as formas adequadas de segregar. Os próprios catadores tem um papel de agentes ambientais, porque vão fardados, para dar credibilidade, esclarecendo as dúvidas. Pedimos que pelo menos separem o reciclável do não reciclável. Nos galpões fazem uma triagem mais detalhada", acrescentou José Soares.

"Estamos expandindo e queremos expandir ainda mais a coleta seletiva. Nos bairros onde ela chega, os moradores já sabem o que devem fazer para deixar os materiais reservados. Onde ainda não tem, os moradores podem solicitar informações e orientações pelo Disk Sesan (156). Levamos palestras com as cooperativas. Somos procurados principalmente por condomínios", concluiu. 

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