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O que você faz para conhecer e proteger o carbono?

Valéria Nascimento

* Mestranda do curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Pará (UFPA), Fernanda Palácio desenvolve uma pesquisa sobre os gases do efeito estufa, que são o metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), na Ilha do Combu, há cerca de 15 minutos de barco de Belém, escolhida por ser uma área de proteção ambiental e também por ser um atrativo turístico com várias restaurantes ao longo da ilha, explicou ela. “As áreas úmidas de várzea são importantes porque elas produzem e liberam grande quantidade de CO2 e CH4 para atmosfera. Essas emissões são influenciadas pela concentração de oxigênio (pelo PH), pela temperatura e também pela matéria orgânica presente na água. Essas áreas são frequentemente ameaçadas por atividades antrópicas (ações exercidas pelo homem) como o crescimento populacional e pela troca de saneamento básico, por isso, é importante estudar a contribuição dos gases de efeito (CO2 o CH4) da várzea para atmosfera e também os impactos que essas ações antrópicas promovem para esse tipo de ecossistema”.

* Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Steel Silva Vasconcelos reitera que que “o carbono é o elemento da vida e está presente em todos os organismos vivos, no nosso corpo, por exemplo, nas plantas, nos solos, nas águas e na atmosfera. O homem tem elevado muito as emissões de carbono para atmosfera e isso causa aquecimento e traz consequências negativas. As plantas conseguem remover o carbono da atmosfera pela fotossíntese, produzindo biomassa vegetal - flores, frutos, troncos. Em nossas pesquisas, nós medimos o armazenamento de carbono em sistemas de produção agrícolas e florestais. Temos aprendido lições importantes que nos ajudam a cuidar do carbono. Por exemplo, não usar o fogo no preparo da área; plantar árvores, elas têm alta capacidade de acumular carbono introduzido no sistema de produção como sistemas agroflorestais e também manejar as florestas amazônicas, conservá-las porque elas são reservatórios muito importante de carbono, além da biodiversidade”.   

* Doutor em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o pesquisador hondurenho Saúl Castellon estudou  a ecologia dos manguezais e os fluxos de metano e dióxido de carbono na ilha da Macaca, no município de São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense, entre os anos 2016 e 2019. “Você já ouviu falar do carbono para a manutenção da vida no planeta e um meio ambiente mais sustentável? Esses ecossistemas (áreas de florestas e de manguezais) estão sendo gravemente ameaçados em todo o mundo. Um serviço de importância global por armazenar carbono a longo prazo, com uma função de retirar o carbono da atmosfera, pois o excesso do CO2 está causando mudanças climáticas globais. (As áreas de manguezais) armazenam mais carbono por unidade de área do que outras florestas tropicais, e podem acumular cinco vezes mais carbono que outras florestas. E isso, sua importância (dos manguezais), e seu papel na mitigação das mudanças climáticas foi reconhecido. Outros serviços ecossistêmicos sustentáveis é que eles (os manguezais) fornecem além de muitas espécies, proteção às comunidades costeiras contra danos causados por tempestades, também fornecem madeira e até o ecoturismo. Para evitar a contaminação pelo CO2, a população tem de ter atitude”.

*A agrônoma Maryelle Souza é mestranda do curso de Ciências Ambientais e pesquisa sobre os efeitos da aplicação do resíduo líquido gerado na indústria do óleo de palma, e, estuda ainda, o plantio comercial de palma de óleo sobre os efluxos de dióxido de carbono e metano no solo. “Qual a importância de se estudar e conhecer práticas de manejo que visam à sustentabilidade em cultivos agrícolas no que diz respeito ao fluxo desses gases? O solo é o maior reservatório de carbono na biosfera terrestre e por essa razão desempenha importante papel no ciclo global do carbono. Uma pequena alteração no estoque de carbono orgânico do solo alteraria, significativamente, a concentração atmosférica desses gases causadores do efeito estufa e a dinâmica climática. Assim, é importante implementar práticas de manejo que promovam a retenção do carbono em solos agrícolas e que possam mitigar esses impactos ambientais”.

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