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'Como você contribui para a preservação dos rios urbanos de Belém?'

Valéria Nascimento

Doutora em Oceanografia, Lourdes Santos é professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) trabalha com a qualidade da água dos rios, reservatórios e igarapés da Amazônia. “Devido a importância do rio Guamá para a população local, como por exemplo a navegação e o abastecimento de água, conhecer como se encontra os parâmetros da qualidade da água é fundamental, por isso, minha equipe tem trabalhado no monitoramento das águas deste rio. Os dados gerados servem para nortear como se encontra hoje a qualidade da água e permitem também comparar os resultados com a resolução vigente no Brasil. Esses dados também vão servir para trabalhos futuros e com isso garantir a preservação desse corpo hídrico tão importante para todos da nossa região’’.

Para entender a dinâmica dos rios urbanos em Belém, o engenheiro sanitarista e ambiental, e doutorando em Engenharia Civil na Universidade Federal do Pará (UFPA), Diego Nylander, 27 anos, desenvolveu uma pesquisa em um dos canais mais famosos da cidade por seus eventos de inundações, o canal da Tamandaré. Ele aponta que a área foi um ambiente alagado no Século 18, mas ela foi sendo aterrada para permitir a ocupação urbana fazendo com que o homem fosse mais suscetível a ocorrência de inundações naquele ambiente. Na pesquisa foi realizada uma modelagem hidrodinâmica permitindo avaliar a interação das águas de chuva e de maré. “O que se verificou foi que a maré é um fator determinante para a ocorrência das inundações, e além disso, se pôde avaliar a utilização de comportas, que não são suficientes para impedir as inundações na bacia da Tamandaré. Desse modo, entende-se que o poder público tem de buscar alternativas para evitar as inundações, como um sistema de bombeamento ou reservatórios’’.

A pedagoga, pesquisadora e ativista, Ana Rosa, de 23 anos, atua em movimentos sociais e coletivos com práticas no campo do meio, como o Engaja Mundo e o Coletivo Jovens Meio Ambiente Pará, e afirma que a prática do movimento ambientalista que surge a partir da juventude, é a de estabelecer formas de indagar e de trazer novas possibilidades à interpretação do que são esses rios e o que eles significam. “Então a gente o tempo todo passa a trazer a ideia de que os rios representam memórias, vivências e práticas que dizem muito sobre o que nós somos e o que nós vamos ser. Nossas ações são de revitalização, oficinas educativas e por meio de campanhas, interrogamos e levantamos possibilidades que existem para gente construir uma cidade que contemple a diversidade dos rios urbanos’’.

Bruno Vieira estuda Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Pará (UFPA), e faz parte do grupo de pesquisa Urbanização e Natureza da Amazônia que estuda diversos temas relacionados à região, entre eles, os rios urbanos. “A nossa missão esse ano tem sido concretizada através da divulgação e da democratização dos conhecimentos produzidos na Universidade. Muitas vezes, o conhecimento científico  não é acessível, e uma das formas que a gente encontrou para divulgá-lo foram as redes sociais. A gente divulga conteúdos relacionados à saneamento, agroecologia, canalização dos rios e, principalmente, a preservação desses espaços. Como a gente pode agir como cientistas, pesquisadores e como membro da sociedade, em geral.

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