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Poluição no ar

Redação Integrada
image Professora Danielly Torres Hashiguti de Freitas (Arquivo pessoal)

Nos últimos 50 anos, a população mundial aumentou em aproximadamente 4,5 bilhões de pessoas. Tal crescimento requer a produção e distribuição em larga escala de recursos básicos, além de habitação e transporte. A produção em nível industrial de matéria prima para esses recursos ocasiona grandes impactos ambientais, como a poluição do ar, que hoje mata aproximadamente 7 milhões de pessoas no mundo anualmente. 

Para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), poluente atmosférico é qualquer material que torne ou possa tomar o ar nocivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, fauna e flora, bem como prejudicial à segurança e ao uso da propriedade e às atividades normais da comunidade. 

A indústria do transporte é a que mais contribui para a poluição do ar urbano; portanto, demanda-se planejamento nas esferas político-administrativa e técnico-científica para diminuir os impactos do tráfego e seus efeitos na poluição. No caso de Belém, problemas como gestão inadequada das empresas de transporte, uma rede de transporte incompleta e/ou deficiente, veículos antigos e de baixa eficiência e vias altamente congestionadas, parecem ser os principais desafios históricos a serem vencidos. 

Os prejuízos que a indústria de transporte e alimento causam na qualidade do ar ficaram ainda mais evidentes durante a atual pandemia de COVID-19. Com o regime remoto de trabalho e o fechamento de serviços não-essenciais, como bares e restaurantes, observou-se, em várias partes do mundo, uma diminuição do número de partículas e gases poluentes.

No entanto, não é necessário ocorrer uma pandemia para melhorar a qualidade do ar que respiramos. Dentre as inúmeras opções possíveis, as indústrias podem investir em instrumentos que minimizem a emissão de poluentes, como catalisadores automotivos (que melhoraram veículos que usam combustíveis fósseis para torná-los mais limpos e econômicos), filtros nas fábricas e usinas, fontes de energia renovável e sustentável, bem como o tratamento de resíduos. 

Os governos podem estabelecer e fazer cumprir os limites para os níveis de poluição nos ambientes urbanos e rurais, fiscalizando e estabelecendo multas e sanções para as empresas que descumprirem a legislação. Além disso, podem investir na criação de áreas verdes em ambientes urbanos, na conservação de florestas e na ampliação de áreas protegidas, por meio de incentivos fiscais a pequenos e grandes produtores.

Por fim, a sociedade pode dar preferência a produtos de empresas com selo verde (com responsabilidade ambiental). Também pode optar, sempre que possível, por se locomover por transporte público, de bicicleta ou a pé. É claro que, para isso, é necessário que os gestores das cidades prezem pela condição das calçadas e vias públicas, veículos de uso comum e pela segurança pública.

Constata-se, portanto, que já existem soluções viáveis e imediatas para resolver o problema. Agora, é momento de cobrar as soluções de larga escala de quem é responsável por elas, bem como de fazer a nossa parte naquilo que nos compete.

Danielly Torres Hashiguti de Freitas - Graduada em Oceanografia pela Universidade Federal do Pará e Doutora em Ecologia Aquática e Pesca (UFPA). Professora de ensino superior vinculada ao curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade da Amazônia (UNAMA). Professora de Ciências no ensino fundamental II na escola bilíngue Maple Bear. Criadora e editora da página de divulgação científica Olhar Ecossistêmico. 

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