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O impacto dos resíduos sólidos para a Grande Belém

Michele Araújo de Oliveira
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Basta caminhar pela área urbana da cidade de Belém para perceber os problemas com os resíduos sólidos. De fato, não é comum observar os cidadãos da cidade realizando coletas seletivas ou dando uma destinação adequada para aqueles resíduos que são produzidos diariamente.

O quantitativo de resíduos sólidos gerados em Belém, e em sua região metropolitana, vem se tornando uma problemática de grande relevância, devido aos inúmeros impactos ambientais que poderão ser causados com a destinação inadequada deste material no meio ambiente. Dentre as problemáticas encontram-se a proliferação de mosquitos, ratos e demais organismos que são vetores de doenças como a leptospirose e a dengue. Além disto, outros impactos ambientais são observados, como a contaminação do solo e do recurso hídrico pelo chorume, material este oriundo da decomposição da matéria orgânica.

Dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente, publicado em 1999, esclarecem que, um único ser humano, em uma cidade com mais de duzentos mil habitantes pode gerar aproximadamente um quilo e 200 gramas de lixo. Ou seja, em apenas um mês, cada indivíduo poderá gerar cerca de trinta e seis quilos de resíduos sólidos e em um ano poderão ser produzidos, aproximadamente, quatrocentos e trinta e oito quilos de material resultante das atividades humanas em sociedade.

De acordo com um trabalho publicado em um congresso Sul-Americano de Resíduos Sólidos e Sustentabilidade, no ano de 2018, a Prefeitura Municipal de Belém depositava, aproximadamente, trinta mil toneladas de resíduos sólidos por mês no aterro sanitário designado pela prefeitura, que na época do congresso, a capacidade recebida era no total de quarenta mil toneladas mensal. Deste modo, percebe-se a quantidade de material descartado pela sociedade, sendo que boa parte deste material poderia ser reaproveitado para outros fins, como a reciclagem e a sua reutilização.

"Em apenas um mês, cada indivíduo poderá gerar cerca de 36 quilos de resíduos sólidos e, em um ano, serão produzidos 432 quilos de material" — Michele de Oliveira, engenheira sanitarista

Como possibilidades de melhorar o descarte desenfreado destes resíduos, a coleta seletiva seria uma atividade essencial alternativa para o aproveitamento do material, que anteriormente seria descartado em aterros. Esta seria uma ótima ferramenta de gestão, que favoreceria para a diminuição do lixo gerado em toda a região metropolitana de Belém. Mas, para que esta ideia dê certo, o comprometimento de todos os indivíduos na realização da atividade de coleta é de primordial importância para que se obtenha o êxito. Assim garante a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305 de 2010), em todos os seus princípios.

 

Michele Araújo de Oliveira, engenheira sanitarista e ambiental. Especialista em gestão, consultoria, fiscalização, auditoria e perícia ambiental e Mestre em Engenharia de Barragem e Gestão ambiental.

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