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Praças são um sopro de vida no meio urbano de Belém

Professor e arquiteto aconselha que os moradores da capital frequentem mais as praças como forma de valorizá-las

Valéria Nascimento

Ela é conhecida como a Cidade das Mangueiras, mas basta passar por algumas ruas em Belém para ver como bairros inteiros se ressentem da falta de natureza. E ainda que haja vegetação, em muitos lugares o verde é desvalorizado, vira destino do lixo doméstico, alvo de especulação imobiliária e quase sempre sofre com o abandono.

Esta edição do projeto Liberal Mobiliza, do Grupo Liberal, com apoio da Guamá Tratamento de Resíduos, mostra que, para além da praça Batista Campos e do Bosque Rodrigues Alves, áreas originalmente arborizadas na capital paraense, há grupos cuidando da natureza para que ela tenha seu espaço em Belém.

As praças são vivas, mas também podem ser mortas, pondera o professor da Universidade da Amazônia (Unama), o arquiteto Marco Aurélio Arbage Lobo. O docente diz que elas são espaços de socialização, de descontração. São lugares para brincar, conversar, caminhar, experimentar urbanidades, mas isso tudo depende da relação que as pessoas e o poder público estabelecem com essas áreas.

image Praças são pontos de encontro da natureza com o cotidiano belenense (Fábio Costa)

Marco Aurélio esclarece que há uma classificação e nem toda área de lazer é uma área verde, há praças cimentadas, com quadras, bancos, calçadas, mas, genericamente, considera-se um conjunto de áreas, incluindo as praças pavimentadas, como áreas verdes e de lazer.

Marco Aurélio enfatiza que é importante, em longo prazo, pensar em outras áreas verdes. “Belém ainda tem fragmentos florestais significativos que poderiam, através de negociações, serem disponibilizados à população. Eu lembro aqui da área da Marinha’’, disse o professor, que defende também a urgente oferta de espaços livres para os bairros periféricos.

“Como a população contribui com a valorização das praças? Primeiro, indo às praças. Muitos de nós perdemos o hábito de ir, então vamos às praças”, afirma.

“Evidentemente, deve-se ir à praça e usá-la de forma adequada. Não jogar lixo, não pisar na grama, enfim, usá-la como ela deve ser usada. E existem outras formas de a sociedade usufruir e ajudar as praças, através de associações de amigos dessas praças”.

image Bacia do Una (Oswaldo Forte / Arquivo O Liberal)

Ele destaca que a praça Batista Campos, no bairro homônimo, e alguns canteiros da avenida Romulo Maiorana, no bairro do Marco, contam com grupos de moradores e de usuários em associações que dão uma grande ajuda à prefeitura por contribuírem com a manutenção desses espaços.

Projeto prevê o plantio de 20 mil árvores na capital

As áreas verdes que compõem as praças e espaços públicos da cidade são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), exceto o Parque Estadual do Utinga (Peut).

A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que a Prefeitura de Belém executa o Florir Belém, que projeta a rearborização e o paisagismo da capital com o plantio de 20 mil árvores.

“Requalificar os espaços públicos de Belém sob os aspectos da arborização e do paisagismo, mas também do ganho com a produção de flores, é o objetivo do projeto Florir Belém, que prevê, até o final de 2020, o plantio de 20 mil árvores na capital paraense. O Florir Belém foi relançado em dia 13 de julho, na praça Helena Coutinho, no bairro de Canudos’’, informou a Sesan, que coordena o projeto em parceria com as secretarias de Meio Ambiente (Semma) e Urbanismo (Seurb).

“Queremos avançar no Florir Belém pela necessidade de mantermos uma cidade menos quente, sem ilhas de calor, e direcionada a desenvolver ações de sustentabilidade e de garantias à preservação do meio ambiente com a arborização de áreas, resgate do paisagismo e o plantio de espécies”, explica Claudio Mercês, secretário municipal de Saneamento e coordenador do Florir Belém. As mudas e material orgânico utilizados no plantio do “Florir” são provenientes da Granja Modelo, estrutura de produção da Semma, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.

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