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Marcos Veras: o humor manda no mundo

Ator, apresentador e humorista fala da carreira e os desafios no cinema em 2019

Lorena Filgueiras / Troppo
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Na revista Troppo deste domingo (16), já em circulação junto com o jornal OLiberal, o ator, apresentador e comediante Marcos Veras, compartilhou conosco as novidades quer terá para 2019. Além de parte dessa conversa, deixamos para vocês, que acessam OLiberal.com, duas perguntas exclusivas. Acompanhe.

Marcos Veras: Não sei se te contei, mas tenho um programa de rádio na Rádio Globo.

T+M: Teu começo de carreira também foi no Rádio, não é?

Marcos Veras: Eu não comecei exatamente, mas meu começo de carreira se confunde com meu início no Teatro. Comecei no Teatro e, em seguida eu fui parar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhei por alguns anos. Agora tenho um programa meu na Rádio Globo – que é bem divertido e que tem como apresentadores ainda o Leo Jaime, Adriane Galisteu e que rola toda sexta-feira, de meio-dia às duas da tarde.
 
T+M: E Rádio é uma delícia, né?

Marcos Veras: Ah, eu amo! E aprendo muito. Há alguns dias fizemos um programa especial sobre o dia nacional samba. Esteve comigo a Mariene de Castro, com o Pretinho da Serrinha e foi demais! Escuto muito e saio muito rico sempre do programa de rádio. 

T + M: A tua agenda está super concorrida 2019, lotada de projetos muito especiais.

Marcos Veras: Tem bastante coisa para fazer! T + M: Pois é – me conta um pouco do teu próximo personagem, o Álamo [na próxima novela da Globo, “Verão 90”]. MV: A gente já começou a gravar as cenas da novela, que vai estrear no fim de janeiro de 2019. É um personagem delicioso! Tenho uma dupla ótima – sou casado com a personagem da Fabiana Karla. 

T + M: E a Fabiana é engraçadíssima também!

Marcos Veras: Exatamente! É minha parceira das antigas! O Álamo é um cara ambicioso, criado em berço de ouro, mas que, durante uma crise financeira, perdeu tudo. Durante uma outra crise financeira, é um dos poucos empresários que consegue ser bem-sucedido, por conta do confisco, que houve em 93, no governo Collor. Ele tinha uma confecção de roupas, com tecidos de Bali, na Indonésia, onde ele sempre surfou e nessa crise, neste confisco, ele se dá super bem! Ele passa a vender muito e passa por um processo de amadurecimento, de discussão de poder, de dinheiro. É um personagem muito gostoso, cheio de nuances, de conflitos... tem drama, tem muito humor. Tem sido delicioso interpretar o Álamo!

T + M: Na década de 90, penso eu que eras criança/adolescente. Como tem sido viver esse período sob um outro prisma?

Marcos Veras: Eu tô adorando porque os anos 90 foram importantíssimos para mim! Eu passei pelas 3 fases em uma década: criança, adolescente e adulto! Em 90, eu tinha 10 anos. Em 94, aos 14, eu vi o Brasil ser tetracampeão e em 99, aos 19, eu tava começando minha carreira artística como ator. Tem sido muito bacana revisitar a época, a moda, as músicas, as notícias! É uma novela de época – estamos ficando mais velhos!

T + M: E talvez mais sábios?

Marcos Veras: A idade vem trazendo mais maturidade para resolver os problemas, mais discernimento... muda o modo de ver a vida. Olho com muito carinho para a década de 90. Mas olho com carinho para meus tempos atuais... aliás, digo: olho com amor para vida!

T + M: E tem pelo menos 3 filmes em 2019, não é?

Marcos Veras: Isso! Acabamos de estrear “Tudo acaba em festa”, que continua em cartaz nos cinemas. Ano que vem tem um filme sobre o Divaldo Franco, o médium brasileiro e tem o “Quatro amigas numa fria”, em que fiz uma participação especial muito afetiva e especial, porque gravei fora do país, em Bariloche. Interpreto o noivo da Maria Flor, que vai atrás dela. Eu não conhecia Bariloche e fui conhecer trabalhando – uma delícia. Tem ainda o filme “Uma nova chance”, que também é uma comédia que trata de lutas de classes, com a direção do Maurício Eça e que foi rodado em São Paulo. O filme sobre o Divaldo Franco foi uma experiência muito rica, muito bonita.

T + M: Sabes que fiquei bem curiosa a respeito? Mexeu contigo essa experiência de estar num filme sobre o Divaldo?

Marcos Veras: Eu não conhecia muito a obra do Divaldo. Já tinha ouvido falar muito e sabia que era contemporâneo do Chico Xavier [médium brasileiro]. Inclusive, depois da morte do Chico, o Divaldo se tornou o maior expoente do Espiritismo brasileiro. Quando o Clóvis Mello, que é o diretor, me chamou, ele me contou uma história interessante porque ele tinha pensado em outra pessoa para interpretar o espírito obsessor – que é o meu personagem no filme –, inicialmente, que fosse mais velho, mais rude, mais forte, mais robusta. Daí que numa reunião, com o próprio Divaldo Franco, Divaldo revelou que o obsessor que o atormentou durante anos era magro, com o rosto mais fino... e foi dando características físicas, que lembravam muito as minhas. O Divaldo também, de alguma forma, escolheu o elenco por aproximação. O filme é baseado na biografia ‘escrita’ pela Joanna de Ângelis, uma das mentoras do Divaldo. É um filme que fala de amor, de perdão, de erros. Não é um filme somente espírita – é um filme para todos!

T + M: Interpretar um obsessor, que é um personagem pesado, denso é muito mais difícil que interpretar a leveza da comédia. O que te exige mais?

Marcos Veras: Olha, eu tenho muito respeito pelas religiões, mas o ator tem o privilégio de uma licença... Eu pedi licença. Pedi proteção à minha fé. E fui lá ‘brincar’. Quando terminava, tava tudo certo. Me aproximei do Espiritismo, de alguma forma. É uma doutrina muito linda e ainda me aproximei do Divaldo.

T + M: Como foi esse encontro? Sobre o que vocês conversaram?

Marcos Veras: Ele é uma figura extremamente bem humorada e especial! Brincalhão, ele me olhou e disse: “ah, então foi você quem me atormentou a vida toda?!?”. Ele é leve, tal qual a própria religião. Ele sabe muito bem que foi algo que passou na vida dele e que passou. Foi incrível conhecê-lo.

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