Verão amazônico chega e acende o alerta para riscos de afogamento

O surgimento de praias, como a do Tucunaré, em Marabá, é muito esperado pela população, mas também exige cuidados redobrados

Tay Marquioro
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A seca dos rios Tocantins e Itacaiúnas, que banham Marabá, no sudeste do Estado, marca o início do verão na região e o surgimento de praias como a do Tucunaré. No entanto, essa época do ano também acende o alerta das autoridades para os riscos de afogamento, que costumam se elevar nas férias. No último final de semana, um acidente com uma moto aquática no Rio Tocantins, próximo à Praia do Geladinho, provocou a morte de Marcos Aurélio de Souza e deixou desaparecido o pequeno Lucas Gabriel Ribeiro Alves, de apenas seis anos de idade.

“A correnteza do local onde ocorreu o acidente é bem forte e, nesse período de vazante dos rios, fica ainda mais acentuada. Então o mais provável é que a vítima não esteja mais no local do acidente e, por isso, seguimos fazendo um trabalho de varredura pelas águas, em sentido ao município de Itupiranga”, explicou o major Wagner Pereira, do Corpo de Bombeiros Militar, sobre o trabalho de buscas pelo garoto.

De acordo com dados da Polícia Científica em Marabá, só no ano passado, 14 mortes foram resultado de afogamento nas praias e balneários do município. Em 2023, já são três óbitos confirmados. Casos como o de Davi Luiz, o menino de três anos que desapareceu nas águas do Rio Tocantins em maio de 2022 e até hoje não foi encontrado, continuam sem resposta. Ele também caiu de uma moto aquática em um passeio noturno com o pai, em circunstâncias muito semelhantes ao caso registrado no último final de semana.

“A característica do local é bem propícia para que nesses momentos em que o rio começa a baixar, aparecem as faixas de areia, o que é bem comum nas praias da região, aumente o fluxo de pessoas nos balneários”, analisa o major Pereira. “A nossa principal orientação é que quando o cidadão for praticar essas atividades de lazer, que ele pratique com responsabilidade. Que ao transitar com os veículos aquáticos, o banhista possa utilizar os equipamentos de segurança, como colete salva-vidas. Se for transitar com crianças, que oriente as crianças sobre segurança, não se distanciar do adulto, permanecer na área rasa do banho”.

Sempre no mês de julho, período considerado o de maior procura pelos balneários da região, o 5º Grupamento Bombeiro Militar concentra seus esforços com a presença de equipes nos locais com maior movimentação de banhistas. De acordo com o major Pereira, o foco será na prevenção de acidentes. Os militares trabalharão em pontos operacionais, mas nada excluiu o cuidado e atenção na hora de ir às praias, sobretudo, em relação ao consumo de álcool.

“A ingestão de bebidas alcoólicas é um grande fator de risco. No momento em que o banhista for se divertir com qualquer equipamento (a exemplo das motos aquáticas) ou até mesmo na hora do banho, é necessário ter o máximo de atenção. Para que não tenhamos outras situações como essa do acidente com o Lucas Gabriel. O uso de colete é normativa não só do Corpo de Bombeiros, mas da Marinha do Brasil, para que os banhistas ou usuários de embarcações estejam sempre equipados com colete. No caso de um acidente, o tempo de sobrevida da vítima na água é bem maior”, conclui o major.

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