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Terapia com cavalos vem ajudando pacientes a ganhar autonomia e mobilidade

Método terapêutico e educacional tem ajudado pacientes com diversos transtornos, incluindo o do espectro autista

Tay Marquioro
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Aos cinco anos de idade, o pequeno Álvaro Azevedo pratica equoterapia há cerca de sete meses e, agora, parar não é uma opção. “Eu gosto muito de cavalo. Gosto de poder andar de cavalo”, diz o garoto que já teve uma evolução sensível no seu quadro de autismo severo. A mãe Suzy Silva não esconde a felicidade de ver o filho se desenvolvendo depois que iniciou o novo método terapêutico.

“A gente vê que a questão motora dele melhorou bastante, mas também o cognitivo. O Álvaro tinha uma sensibilidade muito grande a sapatos, a chapéus. Hoje, ele já consegue usar. E o dia da equoterapia, para ele, é um dia de alegria, uma sensação de felicidade mesmo. Ele já levanta, já veste a roupa, já calça a botina e já vem preparado para andar a cavalo. Para ele, é o dia mais especial da semana”, conta Suzy.

A equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza os cavalos em uma interação com os pacientes. Essa é uma técnica que tem se popularizado cada vez mais em Marabá, sudeste do Estado, e vem sendo utilizada para tratamento de pessoas com diversos tipos de quadros, que vão desde limitações físicas provocadas por sequelas de um acidente vascular cerebral, por exemplo, até pacientes diagnosticados com transtornos mentais. Na prática, a equoterapia ajuda a melhorar a qualidade de vida por meio da organização corporal, cognitiva e psicológica.

“É um método voltado exatamente para uma abordagem clínica multiprofissional que utiliza o cavalo como recurso terapêutico. Através da andadura do cavalo, que é a andadora ao passo que a gente fala, o animal passa o estímulo dessa andadura que imita o andar humano ao praticante”, explica o terapeuta ocupacional Rafael Marques. “Então o praticante vai se deixando fazer alguns ajustes posturais para desenvolver o controle motor, a motricidade fina e, com crianças que têm algum atraso sensorial, por exemplo, ela vai favorecer que a criança tenha uma consciência corporal, ela possa desenvolver habilidades, percepção como é o caso de crianças com autismo”.

Outro fator que contribui para a obtenção de melhores resultados é a prática ao ar livre. Longe das paredes de um consultório, o paciente tende a ter uma maior sensação de prazer e bem-estar no desenvolvimento da terapia. “A gente faz um trabalho durante a semana dentro da clínica e com esse trabalho externo usando o cavalo como um método terapêutico, a gente percebe uma evolução no desenvolvimento emocional e social do paciente. Essa vivência externa tem ajudado muito. São resultados incríveis, que talvez demorassem muito mais para ser alcançados apenas com o trabalho no consultório”, analisa a psicopedagoga Vanderlania Ferreira.

Início

No Brasil, a equoterapia começou a ser conhecida em meados de 1989, em atividades eqüestres realizadas na Granja do Torto, em Brasília, atual sede da Associação Nacional de Equoterapia. Estima-se que atualmente, cerca de mais de 30 países adotam esta modalidade de terapia. Em 1997, a equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina do brasileiro como método terapêutico e, a partir de 2000, inúmeros encontros, simpósios, congressos nacionais e internacionais sobre experiências com equoterapia começaram a ser realizados no país.

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Marabá
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