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Marabá: programa gratuito ajuda pacientes a largar o tabagismo

Para reduzir o hábito de fumar, a Secretaria de Saúde de Marabá tenta popularizar o atendimento clínico e psicológico para pacientes fumantes

Tay Marquioro
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Segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, existe no Brasil um percentual de 12,6% de fumantes, entre a população com mais de 18 anos. Já segundo o I Levantamento sobre Drogas entre universitários de instituições de ensino superior públicas e privadas pelo país, mostrou que essa população experimenta o tabaco pela primeira vez com idade entre 15 e 16 anos.

Tentando reduzir esse hábito entre a população local, a Secretaria de Saúde de Marabá (SMS) vem tentando popularizar o atendimento clínico e psicológico disponível na rede municipal para os pacientes fumantes. De acordo com a SMS, o acesso ao tratamento é gratuito e é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Carlos Barreto, em Morada Nova; Laranjeiras; Pedro Cavalcante, no Novo Horizonte; Demósthenes Azevedo, na Marabá Pioneira e UBS Enfermeira Zezinha, na Folha 23.

A coordenadora do Programa Nacional de Cessação ao Tabagismo, Helane Moreira, explica que a atenção básica tem parcerias com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). “O atendimento é para pessoas que querem deixar de fumar e nós fazemos esse acompanhamento com uma equipe técnica multiprofissional para atender a esse paciente. Porque não é só o atendimento clínico que ele precisa e, sim, de uma rede de apoio para que ele possa realmente conseguir deixar o vício”, esclarece. “Esse programa é de suma importância para a gente dar uma qualidade de vida não só ao paciente, mas também a todo o contexto social no qual ele está inserido”, destaca a coordenadora.

O trabalho começa com a busca ativa, realizada pela equipe da Estratégia de Saúde da Família das UBS e pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). No segundo momento, é preciso identificar se realmente esse paciente deseja largar o fumo. Para o médico clínico geral, Isaac Prado, que atua no programa contra o tabagismo, um dos pontos importantes é que cada paciente tem estágios motivacionais diferentes em relação ao vício. Dessa forma, é preciso sensibilidade para identificá-los e direcionar o tratamento.

“Um paciente tabagista não é igual ao outro em relação à sua motivação em parar de fumar. Por isso, no primeiro momento em que a gente o recebe, é fundamental a identificação dos estágios motivacionais. O paciente que está no estágio motivacional de pré-contemplação, ele não identifica o tabagismo como um problema. E nesse momento eu preciso intervir, não necessariamente querendo que ele saia da minha consulta com a ideia de que vai parar de fumar, mas eu preciso, em até 10 minutos, fazer algumas orientações a ele sobre os riscos de se manter fumante. Assim, vou conscientizando o paciente de que a UBS está disponível para ele”, enfatiza o médico.

O Ministério da Saúde estima que, só no ano de 2020, o tabagismo tenha sido responsável por 161.853 óbitos. O vício em cigarros também foi responsável pelo surgimento de 444.953 novos casos de doenças cardíacas e 433.729 novos pacientes de doenças pulmonares crônicas. O consumo de cigarros também tem um alto custo aos cofres públicos. O montante de recursos da saúde consumidos para tratar danos produzidos pelo tabaco já é de R$ 125.148 bilhões.

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