Marabá: paralisação de enfermeiros mobiliza outras categorias

Servidores da Educação aproveitaram para chamar atenção para o pagamento de reajustes retroativos a 2022

Tay Marquioro
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Em Marabá, no sudeste do Estado, a mobilização enfermeiros e outros trabalhadores da Saúde na manhã dessa segunda-feira (29) foi no pátio da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas de Marabá. O local foi escolhido pois é onde o prefeito Sebastião Miranda Filho despacha diariamente desde o início da sua gestão. A manifestação dos profissionais foi em adesão à paralisação nacional que reivindica a liberação de recursos que estados e municípios devem receber para pagar o piso.

“A lei do piso salarial da Enfermagem foi sancionada em setembro passado, já vai completar um ano já. Mas ainda hoje, o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem, precisa ter para vários empregos para conseguir se sustentar, sustentar sua família”, lamenta a enfermeira Flávia Varela, coordenadora do sindicato da categoria. A sindicalista esclarece que, atualmente, a rede municipal de saúde dispõe de 180 profissionais de enfermagem, sem contar com técnicos e auxiliares. O salário-base dos enfermeiros no município é de R$1.604,00 enquanto que os técnicos de enfermagem recebem um salário mínimo.

“O que a gente deseja é que com a implantação da lei chegue, de fato, aos contra-cheques desses profissionais, para que o trabalhador não precise passar 36 horas, 48 horas dentro de um hospital. Na maioria das vezes, o profissional, vive mais dentro de um hospital do que na sua própria casa. É desumano, pois o profissional da enfermagem é o único que fica 24 horas ao lado do paciente, cuidando do paciente”, analisa Flávia.

Apesar de a maior parte dos manifestantes ser formada por profissionais de saúde, outras categorias também aproveitaram a ocasião para cobrar e pedir a continuidade de negociações que, segundo os trabalhadores, estão travadas. No caso dos trabalhadores da Educação, a reivindicação é de reposição de pagamentos retroativos. “Nós temos uma pauta que é principal, que é o pagamento do piso salarial dos professores. No ano de 2022, foi concedido um reajuste de 33,24%, mas até agora só foi cedido 10%. Então a prefeitura está em débito conosco de 23,24%. E, já neste ano, há um reajuste de 14,95%. Já há alguns municípios e estados arredondando esse percentual para 15%”, explicou a professora Tatiana dos Santos, coordenadora geral do Sintepp em Marabá.

Procurada pela reportagem, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá informou, por meio de nota, que mantém diálogo aberto com os servidores em tempo integral, por meio de uma comissão permanente formada por representantes do Executivo, bem como das Secretarias Municipais de Educação e Saúde e Sindicatos das categorias envolvidas, para tratar de ajustes salariais e outros assuntos.

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