Liberal Talks: Em múltiplas telas, credibilidade no jornal se torna ainda mais importante

Especialistas contam sua experiência na garantia do jornalismo sério e de qualidade

Elisa Vaz

Uma nova edição do Liberal Talks, encontro temático gratuito promovido pelo Grupo Liberal, foi ao ar na noite desta quinta-feira, ao vivo, em vários canais digitais da empresa. O objetivo do projeto é analisar os cenários atuais de consumo, técnicas e tendências em comunicação, e a live desta semana tratou do tema "Jornal: a credibilidade de sempre, agora em múltiplas janelas". O encontro teve como mediador o jornalista e diretor de marketing do Grupo Liberal, Rodrigo Vieira.

Entre os convidados desta edição estava o economista Carlos Namur, atual diretor de mercado nacional do Grupo Liberal. Segundo o profissional, se ouve, há muito tempo, que o jornal impresso vai acabar, mas não é verdade. “Ouvimos isso do rádio e da televisão, quando a internet chegou, e nada aconteceu. O jornal tem dois aspectos fundamentais: a experiência na parte impressa e acesso no digital. É um dos poucos veículos sensoriados, com leitura ampla e confortável. Muita gente lê jornal pela experiência e memória afetiva. Enquanto as empresas investem milhões em marketing de experiência, o jornal entrega experiência todo dia na casa dos leitores. E falando do acesso, o importante é que posso consumir a notícia não só naquele momento, mas a qualquer hora. O jornal não vai acabar porque é conteúdo e é notícia, independentemente de ser papel ou digital”, pontua Namur.

image Mediada por Rodrigo Vieira, a live reuniu o economista Carlos Namur e a publicitária Aline Viana, ambos do Grupo Liberal, e Hiram Baroli, gerente geral de operações comerciais do jornal Folha de S. Paulo. (Cristino Martins / O Liberal)

A publicitária e diretora de mercado do Grupo Liberal, Aline Viana, concorda. Ela é responsável pelo comando de negócios de O Liberal e OLiberal.com e especialista em marketing, inteligência competitiva e transformação digital. “Quando falamos de jornal as pessoas acham que estamos falando de papel, de impresso. É preciso compreender que somos um grande hub de conteúdos – tá na palma da mão. O jornal nunca foi lido como hoje, é preciso mudar nosso mindset”.

Um ponto que está em alta, de acordo com Aline, é o branding. Como, atualmente, é grande a disputa pela atenção do consumidor, com o consumo de várias telas – celular, televisão, computador –, a comunicação busca uma forma de investir no branding. “Sabemos que 82% das pessoas, quando estão lendo em impresso, não fazem outra coisa, prestam 100% de atenção naquilo. Mas são várias oportunidades na mão. A internet trouxe os dados de audiência e acessos, e passamos por várias reinvenções”, afirma a publicitária.

Também participou do bate-papo o jornalista e publicitário Hiram Baroli, gerente geral de operações comerciais do jornal Folha de S. Paulo e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. Ele diz que o jornal ainda é visto como o veículo de maior credibilidade pelo público, e que tem grande importância na hora de representar a sociedade e buscar a veracidade dos acontecimentos.

“O jornal é o principal meio de comunicação que representa a sociedade, é obrigação dele disseminar a notícia certa, doa a quem doer. A gente combate fake news, o jornal sempre defende a verdade. Tem que ser independente, ter pluralismo, escutar todos os lados. Também é importante o criticismo, porque, como representa a sociedade, há um papel importante nesse sentido. Nenhum poder pode não receber críticas. O jornal também é apartidário, o que garante a cobertura isenta”.

O jornalista e editor executivo de O Liberal, Carlos Fellip, também fez uma aparição na live do Liberal Talks, falando sobre as mudanças dentro da redação do jornal. Para ele, muitos aspectos foram transformados na maneira de pensar quando se fala em jornalismo. Se antes o jornalista era alguém que sentava na redação e escrevia as notícias para os consumidores, hoje ele também recebe feedbacks e ganha novas responsabilidades. “Ele deixa de dar voz a quem não tem voz porque a internet já faz isso, e aí ele atua na credibilidade”, enfatiza. Para o futuro, o editor avalia que é preciso pensar em um jornalismo mais aberto, horizontal e colaborativo.

Idealizado pelo departamento de marketing do Grupo Liberal, o Liberal Talks nasceu com o propósito de estreitar relacionamentos com o mercado publicitário, entre agências, anunciantes e empresas, além de dialogar com a sociedade, por meio de debates sobre as transformações que ocorrem na comunicação. O encontro foi transmitido em oliberal.com/talks, no perfil facebook.com/oliberal e no canal oficial de O Liberal no YouTube.

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