Governo pretende resolver problemas de hospedagem para COP30 'caso a caso'

Ministérios do Meio Ambiente e Turismo criam grupo para intermediar soluções entre países participantes e opções de acomodação em Belém

Caio Maia
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O governo Lula iniciou um levantamento das delegações internacionais que enfrentam dificuldades para encontrar hospedagem na COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém. A ação foi discutida na quinta-feira (14) em reunião que reuniu os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Celso Sabino (Turismo), além do presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e o secretário extraordinário para o evento, Valter Correia da Silva.

O plano prevê a formação de um grupo interministerial para intermediar soluções caso a caso entre as delegações e as opções de acomodação disponíveis. A medida surge após o aumento significativo nos preços dos hotéis na capital paraense desde o anúncio da cidade como sede do evento.

O Brasil enfrenta pressões de países participantes que questionam a infraestrutura local para receber aproximadamente 50 mil pessoas. Segundo informações da Folha, dezenas de representantes de nações assinaram documento solicitando a transferência de parte do evento para outra cidade, mas a presidência brasileira da conferência mantém Belém como sede única.

O ministro Sabino destacou em suas redes sociais: "Pela primeira vez, o mundo vai debater sustentabilidade na porta de entrada da Amazônia, e Belém está se preparando para fazer história!"

A organização da COP30 afirma que a cidade já possui 53 mil leitos, número superior aos 50 mil estimados como necessários para acomodar todos os participantes. Foi lançada também a plataforma eletrônica cop30.bnetwork.com, que disponibiliza mais 2.700 quartos para o público.

Para combater os valores elevados, o governo brasileiro atua em duas frentes: processos administrativos via Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O Brasil também iniciou negociações para um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), ainda sem acordo entre o setor hoteleiro e autoridades.

A questão dos "preços abusivos" permanece sem solução completa, com empresas resistindo a fornecer explicações sobre os valores praticados. A Senacon trabalha para "apurar práticas abusivas nas relações de consumo e eventuais indícios de crimes contra a economia popular".

Na segunda-feira (11), o Brasil enviou resposta à UNFCCC (braço de clima da ONU) atendendo a 48 questionamentos formulados pelo órgão após reunião extraordinária realizada no final de julho. O governo brasileiro argumenta que medidas como mobilização de navios cruzeiros, habitações do Minha Casa Minha Vida e incentivo ao aluguel pelo Airbnb começarão a produzir resultados em breve.

Os organizadores do evento afirmam que o plano de acomodação foi desenvolvido em parceria com a ONU e está em "implementação por fases". O Brasil busca garantir uma "conferência ampla, inclusiva e acessível, assegurando que todas as delegações tenham condições adequadas de participação".

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