Governo do Pará diz que regiões do Tapajós e Baixo Amazonas saíram da zona de risco elevado

Com a entrega do Hospital Regional do Tapajós, nesta quinta-feira (09), o governo do Pará informou que as regiões de saúde do Tapajós e do Baixo Amazonas saíram da condição de risco elevado para risco médio diante da pandemia da covid-19. A classificação de risco considera o nível de contágio em paralelo à oferta de serviços de saúde, abrindo a possibilidade de flexibilização de atividades econômicas. A atualização do bandeiramento de regiões de saúde deu continuidade às medidas do Programa Retoma Pará.

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Nova Classificação

Segundo o Estado, a região do Tapajós saiu da condição vermelha (risco elevado) para laranja (risco médio). Durante o anúncio, o governador Helder Barbalho informou que, nesta quinta, a cidade de Itaituba e mais seis municípios do entorno receberam o Hospital Regional do Tapajós, que estará incrementando, ao sistema de saúde, mais 164 leitos clínicos e de UTI.

Com a entrega do hospital, segundo o governador, também há repercussão na região do Baixo Amazonas, desafogando o atendimento no Hospital Regional e do Hospital de Campanha, ambos em Santarém. Com isso, a região também sai do bandeiramento vermelho (risco elevado) para o laranja (risco médio).

Manutenção de Classificação

Já o bloco formado pelas regiões Metropolitana de Belém, Marajó Oriental e Baixo Tocantins permaneceu no nível laranja, assim como o Marajó Ocidental e a região do Carajás. O bandeiramento vermelho também foi mantido na região do Xingu.

“Os números nos apresentam ainda a necessidade de uma preocupação maior, mas a previsão é que na semana que vem, dia 18 de julho, nós estejamos entregando o Hospital de Campanha de Altamira, que resolverá esta questão”, adiantou.

O alto nível de transmissão na região do Araguaia frente ao sistema de saúde também mantém o nível vermelho, por enquanto. Entretanto, de acordo com Helder, a ampliação do Hospital Regional de Conceição do Araguaia, que será entregue no próximo dia 15, deve reforçar o atendimento com mais 32 leitos clínicos e de UTI.

Helder reforçou o tratamento específico a ser dado a cada região de saúde, considerando as peculiaridades e a forma como a pandemia se comporta. “A realidade da região metropolitana de Belém é diferente, por exemplo, de localidades a mais de mil quilômetros de distância, como as regiões oeste ou sul do Pará”, frisou.

Ocupação de leitos

Para a atualização, o governador também apresentou a taxa de ocupação de leitos do sistema de saúde estadual, com balanço feito antes do boletim das 18h desta quinta: 39,9% dos leitos clínicos e 60,26% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. De maneira efetiva, 1.523 leitos clínicos - tendo disponíveis 914 vagas liberadas. E 702 leitos de UTI, sendo que 279 estão disponíveis.

"Portanto, a condição do sistema de saúde nos permite ter tranquilidade para atender toda a demanda e, acima de tudo, planejar as ações que compatibilizem saúde com economia”, disse Helder Barbalho.

Retoma Pará

O Retoma Pará é baseado em dados científicos e epidemiológicos e o detalhamento de restrição é de alçada dos municípios. “Estas atribuições – quero deixar isto absolutamente transparente – cabem a cada município, que avalia as análises do Estado e determina aquilo que deve funcionar ou não, dando autoridade e autonomia para que cada município possa dar a sua devida solução”, pontuou Helder.

“Vamos continuar trabalhando baseados na ciência e na área médica, de saúde, nos números epidemiológicos, para que as tomadas de decisão possam priorizar a vida e, claro, compatibilizar com a retomada gradativa das atividades. E quero fazer um apelo a cada cidadão, que deve exercer a sua consciência e a sua responsabilidade, que são fundamentais para que nós possamos vencer o coronavírus. Se proteja, use máscara, aqueles que podem fiquem em casa. Isto é fundamental para salvar vidas e proteger a sua família”, completou.