Veja como as faixas exclusivas para ônibus contribuem para a fluidez do trânsito
Sistema precisa abranger vias de alta circulação para que os resultados sejam eficientes

Para reduzir os congestionamentos nos centros urbanos, uma das estratégias de mobilidade é a adoção de faixas exclusivas para ônibus. Com o aumento de veículos, como os de transporte por aplicativo, o deslocamento diário da população se tornou mais demorado, principalmente nos horários de pico como o início e fim do dia.
Entre as vantagens das faixas exclusivas estão a prioridade no sistema viário ao transporte coletivo; redução do tempo do passageiro dentro do veículo; diminuição de custos do transporte público e o uso compartilhado de espaços viários de forma eficiente.
Em Belém, as faixas exclusivas foram adotadas em 2017 e funcionam em vias movimentadas como a Governador José Malcher, Conselheiro Furtado e Castelo Branco. Veículos particulares são passíveis de multa em caso de circulação nas faixas exclusivas, exceto para realização de manobras para acesso a imóveis e conversões à direita.
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta alguns dados sobre as faixas exclusivas. A implantação do sistema ocorre em curto prazo (até seis meses) e com custo de R$ 100 mil a R$ 500 mil por quilômetro.
Com faixas exclusivas, os ônibus podem transitar livremente, sem competir por espaço com veículos particulares. A agilidade no deslocamento pode alcançar 40% de redução do tempo, incentivando mais pessoas a utilizarem transporte coletivo.
A redução de carros nas ruas pode contribuir com a diminuição da poluição do ar e da emissão de gases de efeito estufa. Assim, a qualidade do ar pode melhorar, o que tem um impacto positivo na saúde pública, reduzindo problemas respiratórios e cardiovasculares causados pela poluição. Isso se alinha aos esforços globais de combate às mudanças climáticas, tornando as cidades mais sustentáveis e habitáveis.
Entretanto, para que os resultados sejam efetivos é preciso abranger maiores áreas. Estudos do O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) apontam que as capitais brasileiras avançaram pouco na priorização do transporte coletivo.
Com as análises entre as infraestruturas existentes e as características socioeconômicas, aumenta a necessidade de implementação de políticas públicas voltadas a mobilidade urbana.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA