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Participação da indústria cervejeira na Circula Vidro reforça compromisso com a sustentabilidade

Entidade gestora criada em 2024 fortalece cadeia de reciclagem e impulsiona economia circular

Paloma Lobato
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Em um setor movido pela celebração e pelo sabor, a indústria cervejeira tem encontrado na sustentabilidade um ingrediente essencial para o futuro. Um dos principais símbolos deste compromisso é a participação na Circula Vidro, entidade gestora responsável por gerir a logística reversa de embalagens no Brasil. 

Criada em 2024, a iniciativa promove a economia circular e reúne entidades representativas, fabricantes, empresas e consumidores, se consolidando como uma das principais iniciativas voltadas à reciclagem e reaproveitamento de garrafas de vidro, fortalecendo a economia circular e reduzindo o impacto ambiental de toda a cadeia produtiva. 

O objetivo é simples, mas de grande alcance: fazer o vidro circular novamente, diminuindo o volume de resíduos enviados a aterros e incentivando hábitos de consumo mais conscientes. 

"O sistema de retornabilidade na indústria cervejeira é muito eficiente e funciona em ciclo fechado de logística reversa desde os anos 60. O índice de retorno dessas garrafas é superior a 90%. Elas vão e voltam da fábrica até o consumidor, em média, 25 vezes. Os benefícios ambientais são enormes. O vidro é um material que pode ser reutilizado muitas vezes e, por isso, ambientalmente é muito importante", destaca a gerente de sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Priscilla Gurgel. 

O vidro é um dos materiais mais sustentáveis da indústria. Afinal, ele é 100% reciclável e pode ser reaproveitado diversas vezes sem perder suas propriedades. No entanto, sua reciclagem ainda enfrenta desafios logísticos e de conscientização. 

“Apesar de ser ambientalmente importante, o vidro é muito desafiador. Isso porque toda a indústria vidreira está localizada na costa, e o Brasil tem dimensões continentais. Então, muitas vezes o transporte desse caco de vidro até a indústria que vai reciclar provoca emissões de carbono. Os desafios da Circula Vidro abrangem pensar em maneiras de fazer com que esse vidro tenha o seu melhor destino. Temos discutido destinos não convencionais para esse caco, como a construção civil, por exemplo, em casos de a distância ser grande ou quando realmente não faz sentido enviar para a indústria vidreira”, ressalta. 

Na indústria cervejeira, a iniciativa tem impacto direto. O retorno das garrafas reduz o consumo de energia e de matérias-primas, além de diminuir a emissão de carbono no processo de produção.  

"A gente precisa que todos os elos da cadeia estejam engajados para que essa economia circular feche o seu ciclo. Pensando nisso, temos conversado com bares e restaurantes, para trazê-los para esse circuito, fazendo com que cada vez menos vidro vá parar em aterro e, consequentemente, mais vidro tenha o destino mais correto – seja a reutilização ou reciclagem", explica Priscilla Gurgel

Além do Sindicerv, também integram a Circula Vidro a ABIVIDRO (Associação Brasileira das Indústrias de Vidro) e a ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas). Os primeiros resultados são positivos: em 2024 o Índice de Conteúdo Reciclado, que mede a proporção de matéria-prima reciclada usada em novas garrafas - chegou a 36,86%, antecipando a meta prevista apenas para 2032. 

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