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Cooperativismo: entenda tudo sobre esse movimento

Ao levarem o conceito de comunidade para dentro dos negócios, as cooperativas buscam o desenvolvimento econômico alinhado ao social

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A união de pessoas em busca de objetivos comuns é a base do conceito de cooperativismo. Na maioria das vezes, ele está associado com o desenvolvimento de atividades econômicas visando melhores resultados, crescimento mútuo e sustentabilidade de determinado negócio no mercado.

O primeiro modelo de cooperativa foi identificado no século XIX na Inglaterra, quando membros de uma comunidade decidiram montar um armazém. Juntando seus investimentos, eles adquiriam uma grande quantidade de alimentos para obter preços melhores e depois dividiram as compras igualmente entre os participantes da iniciativa. Após 12 anos, essa cooperativa, chamada de Sociedade dos Probos de Rochdale, passou a contar com 3.450 sócios e conseguiu um capital 152 mil libras, a partir de 28 libras arrecadadas no início.

No Brasil, as primeiras cooperativas surgiram também no século XIX. Até hoje, é comum que a palavra seja associada ao ramo da agricultura familiar ou comunitária, mas o cooperativismo vai muito além disso. 

“Praticamente todas as atividades econômicas podem ser realizadas por meio de uma cooperativa”, afirma Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA (Organização das Cooperativas Brasileiras).

Ele conta que os principais ramos de atuação no país são o agrícola, o cooperativismo de crédito (com todos os serviços prestados por bancos privados ou públicos), cooperativismo de serviços de transporte, de trabalho (prestação de serviços em várias áreas), cooperativismo de consumo, de saúde e de infraestrutura, que no Estado do Pará tem como principal atividade a geração de energia fotovoltaica.

image Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA, que representa o cooperativismo na esfera pública e em outros fóruns dentro e fora do país (Keion Feio)

“Qualquer pessoa pode ter acesso a uma cooperativa ou juntamente com mais membros, constituir uma nova cooperativa para prestação de serviços ou comercialização de produtos. A partir de então, essas pessoas terão uma tripla responsabilidade: como donas da cooperativa, fornecedoras e usuárias dos serviços”, explica Raiol.

No Pará, este movimento já alcançou cerca de 80% dos municípios, que têm pelo menos uma cooperativa em funcionamento. As razões para a expansão estão nos diferenciais e vantagens que essas associações oferecem.

Veja alguns a seguir:

1. Acesso a crédito para investimentos e capacitação

Investir em cursos, materiais, insumos e novos equipamentos é primordial para o sucesso de várias empresas, em especial as pequenas. Mas esse nível de profissionalização requer capital, ao qual é mais fácil ter acesso através do cooperativismo. Com taxas menores e crédito facilitado, os cooperados podem obter o incentivo para crescer.

2. O cliente é também dono

A cooperativa é uma organização na qual os clientes têm o status de donos e participam das decisões, dividem as responsabilidades, apuram os processos internos e trabalham por melhorias. Assim, todos se sentem representados na cultura da organização e contribuem para a prosperidade da organização.

3. Atendimento diferenciado

Por serem considerados sócios do negócio e não apenas clientes, os cooperados geralmente recebem um tratamento personalizado. Suas histórias de vida são compartilhadas entre todos, o que causa identificação e empatia. O mesmo não acontece sempre em bancos ou instituições financeiras comuns, pois não há envolvimento dos funcionários com a trajetória de cada cliente.

4. Gestão democrática

A gestão da cooperativa é feita de forma igualitária e as decisões são tomadas a partir de processos democráticos, como assembleias, considerando os interesses da maioria dos clientes/sócios. O lucro não se sobrepõe ao bem-estar e interesses dos associados.

5. Participação nos resultados

A participação nos resultados é uma das formas de lucratividade coletiva que os cooperados têm no final do ano, a partir dos investimentos que fazem com a aquisição das cotas-partes. Os fundos excedentes do exercício são repartidos entre os membros da organização e/ou reinvestidos na cooperativa, se essa for a decisão tomada por todos.

6. Maiores rendimentos

Como o sistema cooperativista tem isenção tributária, pode oferecer aos cooperados uma melhor taxa de retorno de seus investimentos do que as praticadas pelo mercado.

7. Compromisso social

A prosperidade dos associados e da comunidade é o grande objetivo das cooperativas. Isso acontece não só com financiamentos e crédito, mas com cursos e orientações, por exemplo.

Saiba mais informações sobre o cooperativismo e como fazer parte desse movimento aqui.

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