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Constelação familiar pode ser considerada em processos judiciais

Entenda de que forma essa técnica terapêutica auxilia a resolução de conflitos familiares e disputas legais

Izabelle Araújo
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Metodologia terapêutica cada vez mais popular nos consultórios e que ainda divide opiniões de especialistas e estudiosos de várias áreas, a constelação familiar sistêmica é uma prática que busca resolver conflitos familiares que atravessam gerações. Através de dinâmicas que reproduzem situações vivenciadas em família, o constelado amplia sua compreensão sobre a origem de seus comportamentos, traumas e do modo como ele reage à vida.

Mas o que poderia ser somente um recurso de autoconhecimento, tem sido utilizado no âmbito jurídico como meio para a resolução de processos legais e litígios envolvendo pessoas da mesma família, com o benefício de, muitas vezes, possibilitar a reparação dos laços de afeto e da harmonia entre as partes.

Ao longo da última década tem crescido a compreensão de que a sentença, no âmbito judicial, comumente apenas põe fim ao processo, mas não ao conflito que o gerou. Por esse motivo, a Lei de Mediação (Lei.13.140/2015) passou a considerar a constelação familiar como um auxílio às técnicas extrajudiciais.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, atualmente cerca de 16 estados do Brasil usam essa metodologia terapêutica para ajudar a solucionar litígios, especialmente na área do Direito de Família. Processos que envolvem alienação parental, guarda de menores, pensão alimentícia e heranças estão sendo resolvidos de maneira mais fácil e com menor desgaste emocional.

Entenda como funciona

A dinâmica da constelação familiar pode acontecer em grupo ou individualmente e é como uma sessão de psicoterapia, com um componente de encenação. Durante a sessão são recriadas cenas que envolvam os sentimentos e sensações do paciente em relação à sua família. Nas sessões em grupo, voluntários e participantes que não se conhecem vivem esses momentos, e nas sessões individuais os personagens podem ser materializados por bonecos ou outros objetos disponíveis, como pedras ou peças de um jogo de tabuleiro, representando os diferentes papéis do sistema.

Apesar de sua disseminação nos tribunais do Brasil, essa metodologia ainda recebe críticas e análises em muitos aspectos. Entenda mais sobre este assunto que é tema do podcast Entre Nós. Clique aqui e ouça o episódio na íntegra.

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Max Domini
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