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Ofensas virtuais prejudicam a vida real. Entenda os riscos do cyberbullying.

Comportamentos de caráter constrangedor e de humilhação no ambiente virtual podem causar danos à saúde mental

Izabelle Araújo
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A repentina mudança de comportamento com sinais de isolamento, ansiedade e tristeza contínua pode ser um sinal de problemas relacionados ao convívio social. Estando a internet cada vez mais presente na vida das pessoas de todas as idades, a fonte desses problemas pode estar no mundo virtual e uma das possiblidades é o cyberbullying.

Segundo mapeamento feito pela Unicef em 30 países em 2019, um em cada três jovens disse ter sido vítima de cyberbullying, e um em cada cinco pessoas contaram ter deixado a escola devido a esse tipo de humilhação e violência.  

Segundo Paula Clarissa Bispo, psicóloga do Sistema Hapvida, o cyberbullying é todo tipo de comportamento vexatório, constrangedor e humilhante, com o objetivo de inferiorizar outra pessoa. “Esse comportamento é realizado online, através das plataformas que nós usamos diariamente, como as redes sociais, plataformas de jogos e de entretenimento, fazendo com que a pessoa seja humilhada repetidamente”, completa.

A prática é caracterizada normalmente por críticas à aparência física, à opinião e ao comportamento social de indivíduos repetitivamente, e em alguns casos pela divulgação de fotografias ou montagens constrangedoras na internet.

Esse crime atinge principalmente crianças e jovens que estão entrando em um mundo virtual repleto de informações e todo o tipo de intencionalidade. No Brasil, a pesquisa do Unicef aferiu que 36% dos adolescentes brasileiros ouvidos já faltaram às aulas após terem sofrido ofensas de colegas de classe via internet.

A psicóloga Paula Bispo alerta para as consequências que a exposição prolongada a este tipo de situação pode trazer para a saúde mental do indivíduo. “Os principais prejuízos são o sentimento de incapacidade, de inferioridade, tristeza constante, exaustão, desistência de atividades que costumava fazer, podendo desencadear transtornos como ansiedade, depressão, e em alguns casos levar até ao suicídio”, relata.

O constrangimento vivenciado pelas vítimas é um dos motivos que podem leva-las a não buscar ajuda, o que é um erro já que o suporte de familiares, amigos e muitas vezes de profissionais de saúde é necessário para a superação dos traumas associados ao cyberbullying.

“O cyberbullying, ainda que seja uma coisa nova, traz prejuízos à saúde mental, e as pessoas que o sofrem podem precisar de acompanhamento médico, psicológico e psiquiátrico durante muito tempo”, conclui a psicóloga.

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