Faepa mobiliza ação para fomentar desenvolvimento do Marajó

Entidade do setor agropecuário busca atrair investimentos para todos os municípios da região

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A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e o Banco da Amazônia (Basa) promoveram no município de Cachoeira do Arari, uma ação voltada a estimular o debate sobre as alternativas de desenvolvimento social e econômico para o arquipélago do Marajó.

De acordo com o presidente da Faepa, Carlos Xavier, a ação se originou a partir da assinatura de convênio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos com o Basa que prevê o investimento de R$ 200 milhões para atender os municípios da região por meio do programa Abrace o Marajó. Diante disso, a Federação encampou uma iniciativa para que recursos oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e dos diversos setores produtivos sejam atraídos para a região.

“Nós montamos essa estratégia porque o Marajó tem níveis de desigualdades piores do que o semiárido nordestino. A ideia é que o Basa aplicasse os R$ 200 milhões, mas também que nós pudéssemos aplicar os recursos do FNO para fazer o desenvolvimento das regiões. Estamos organizando esse projeto que vamos fazer nos 16 municípios para mostrar para a sociedade que existem alternativas econômicas para o Marajó”, afirma.

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A preocupação em torno da questão se deve ao fato de que as mais recentes pesquisas mostram que sobre os indicadores sociais de todo o arquipélago figuram entre os mais baixos do estado do Pará e até do Brasil. Melgaço, por exemplo, aparece em último lugar na lista do Atlas do Desenvolvimento Humano. Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Santa Cruz do Arari e São Sebastião da Boa Vista também estão entre as piores colocações do ranking, enquanto que apenas Salvaterra e Soure tem uma posição mediana.

Para enfrentar esse desafio, a Faepa acredita que é necessário um esforço coletivo, envolvendo o poder público, organizações da iniciativa privada e a escuta da própria população do arquipélago. “Nós vamos conversar com todos os prefeitos e vamos mostrar que as desigualdades são as piores porque nós não remos consciência política. Eu entendo que essa reunião é importante para discutir com a Associação dos Prefeitos, o Ministério das Mulheres, a Federação das Indústrias, o Sebrae, todos as entidades ligadas ao setor rural e consultar a população do Marajó. É ela que vai decidir se quer mudar e vai contar com o nosso apoio”, destacou Carlos Xavier.

Ao longo do evento chamado “Ação integrada: recuperação do desenvolvimento marajoara”, foi apresentada ainda uma vitrine de projetos capazes de subsidiar a aplicação de recursos financeiros do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) em consonância com as vocações locais. As propostas envolvem as cadeias produtivas da pecuária de corte e leite, a piscicultura, a biodiversidade, a agricultura, a educação, o turismo e o artesanato.

image A Faepa apresentou uma vitrine de projetos para os produtores rurais e empreendedores da região (Divulgação / Faepa)

Entre as oportunidades citadas estão: a produção de bubalinos e laticínios, a implantação de um centro de processamento e verticalização de pescados, a produção de fármacos e cosméticos a partir de óleos e essenciais florestais, o manejo, plantio e processamento do açaí e o cultivo de arroz irrigado.

 Para o incentivo a essa e outras estratégias de desenvolvimento, o superintendente regional do Basa, Edmar Bernardino, acredita que o acesso ao crédito para incentivo a atividades produtivas sustentáveis é crucial para a Amazônia, por isso ele avalia positivamente a colaboração de instituições parcerias como a Faepa na divulgação de medidas que possam subsidiar os empreendedores das zonas rurais e urbanas. “A ideia é olhar a vocação produtiva da região e buscar maneiras de atender de forma mais rápida essa população. A partir do levantamento, vamos falar como funcionam as nossas linhas de crédito para a agricultura familiar e os pequenos negócios e dar a maior prioridade para esse atendimento”, pontua.

Para saber mais sobre as iniciativas do agronegócio paraense em favor do desenvolvimento do estado do Pará, clique aqui.

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