É o trabalho do Fisco que gera recursos para obras da COP 30 em Belém
Arrecadação tributária garante suporte financeiro para investimentos públicos na capital paraense

Sede do maior encontro sobre mudanças climáticas do planeta – a Conferência das Partes das Nações Unidas, COP 30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro –, Belém se transformou em um canteiro de obras nos últimos dois anos. Os investimentos estaduais e federais bilionários, sobretudo em infraestrutura, saneamento e hotelaria, afetam radicalmente a vida das pessoas. O lastro financeiro para garantir o suporte a empreendimento de tamanha envergadura tem nome: arrecadação tributária. O responsável por essa atividade essencial, em todo o país, é o Fisco.
“Nosso trabalho é invisível. Tudo o que se sabe no senso comum sobre o Fisco é carregado de estigma, de preconceito, de desinformação”, afirma Charles Alcantara, presidente do Sindicato dos Servidores das Carreiras Específicas da Administração Tributária do Estado do Pará (Sindifisco-Pará). Essa visão “míope e rasa” a respeito do Fisco, observa Charles, persistirá enquanto prevalecer a ignorância sobre a função social e econômica do tributo. “É preciso mostrar o que fazemos, e também o que é possível ser feito com o que fazemos”, assinala.
Para o presidente do Sindifisco-Pará, a capacidade de investimento do Estado depende da aceitação do Fisco como imperativo de uma sociedade que se pretenda justa, solidária e próspera. A autoridade fazendária atua nas áreas municipal, estadual e federal.
Ainda que com imperfeições, o sistema tributário concorre para que o estado do Pará tenha avanços significativos no combate à pobreza e na diminuição da desigualdade social, afirma Charles Alcantara. “A verdade é que, sem o efetivo e potencial exercício do poder de polícia fiscal, a arrecadação tributária despencaria a ponto de inviabilizar não apenas a realização dos programas governamentais, mas o próprio funcionamento do Estado”, afirma o presidente do Sindifisco.
Em 2024, segundo dados oficiais, o Estado fechou a contabilidade com uma receita própria de R$ 37,2 bilhões, dos quais R$ 24,4 bilhões somente em ICMS, o principal imposto estadual, além de R$ 1,3 bilhão em IPVA e R$ 69,5 milhões em ITCMD. “A arrecadação do ICMS cresceu, em termos reais (acima da inflação), mais de 12% em comparação com 2023”, assinala Charles.
Tornar a atividade do Fisco visível e respeitada, pelo que carrega de essencialidade, tem sido o desafio do Sindifisco-Pará em todas as suas ações voltadas para a sociedade. “Do Fisco, não importa o quão eficiente se mostre, exige-se sempre mais e mais, certamente porque as necessidades públicas crescem exponencialmente, e dependem da receita tributária para se materializarem em ações, programas e políticas públicas”, assinala Charles Alcantara.
Cada centavo aplicado na COP 30 resulta do bom desempenho fiscal do Pará, assegura Charles Alcantara. “O Fisco trabalha sem folga, 24 horas por dia e 365 dias por ano”, diz o presidente do Sindifisco-Pará.
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