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Canaã dos Carajás: mulheres compartilham experiências durante seminário sobre segurança feminina

Seminário “Cidades Seguras para Mulheres” foi iniciado na última segunda-feira e visa discutir o enfrentamento à violência e políticas públicas de proteção

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Uma ex-gari, que conseguiu concluir o ensino superior e se tornou encarregada. Uma líder comunitária, que se tornou a 1ª vereadora do seu município. Uma empresária da área de educação. Uma professora universitária. Uma advogada, uma artesã. Em comum, todas essas mulheres tem uma história de luta para alcançarem seus objetivos. Essas foram algumas das histórias compartilhadas nas rodas de conversa do 1º Seminário de Cidades Seguras para Mulheres, realizado durante a semana em Canaã dos Carajás, no sul do Pará.

Além das rodas de conversa, o evento contou com palestras e troca de experiências entre mulheres de vários cantos do país, com o objetivo de compartilhar vivências e discutir estratégias para tornar as cidades mais seguras para mulheres. O seminário é uma parceria entre a Prefeitura de Canaã, a Vale e o Cesec, que vem desenvolvendo pesquisas na área no município desde 2021.

“Queremos cada vez mais juntar forças para fortalecer as políticas públicas, foi com essa união que chegamos até aqui e pretendemos avançar”, destacou a secretária interina da Mulher e Juventude, Ruth Lene.

Mulheres livres

“Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas.” Foi com a frase da escritora negra estadunidense Audre Lorde que a prefeita Josemira Gadelha iniciou seu discurso, no encerramento do seminário.

Ela destacou a necessidade de que as mulheres sejam aliadas na busca por melhorias em prol de todas elas. “Nosso propósito é levantar outras mulheres, estamos caminhando e aprendendo umas com as outras.”

“Canaã pode ser modelo de cidade segura para mulheres”, destaca pesquisadora

A articulação do poder público municipal, órgãos de segurança e a sociedade civil tem o potencial para fazer de Canaã dos Carajás um modelo de cidade segura para mulheres. Essa é a opinião da pesquisadora e diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), Silvia Ramos, que participou do 1º Seminário Cidades Seguras para Mulheres.

Para a pesquisadora, o Brasil vive uma situação paradoxal. Ao mesmo tempo em que avançaram as politicas públicas de combate à violência de gênero, com criação de legislação e espaços de proteção, os casos de violência seguem ocorrendo.

image Evento contou com palestras e troca de experiências entre mulheres de vários cantos do país (Divulgação/Prefeitura de Canaã dos Carajás)

Nesse cenário, ela parabenizou a gestão de Canaã por ser aberta e aceitar novos desafios, e destacou que o seminário pode “estar iniciando um modelo de articulação que será exemplo na área não apenas para a Amazônia, mas para o país”.

Avanço na proteção

A prefeita Josemira Gadelha destacou, em sua fala, que ainda como presidente da OAB em Canaã, já defendia a criação de uma Delegacia para atendimento à mulher e que, como gestora, “foi uma das primeiras coisas que buscou”.

Josemira ainda citou outras ações que contribuem com a rede de proteção à mulher, como a própria criação da Secretaria da Mulher e da juventude, que completa dois anos, além de ações na área da saúde, da moradia, segurança, educação e da qualificação profissional.

“Quando uma mulher é vítima de violência, ela precisa dessa estrutura de proteção para que tenha força pra denunciar”, disse. “O cuidado com a segurança da mulher passa por tudo isso, e nós trabalhamos para abraçar, acolher e capacitá-las.”

Por fim, a prefeita destacou a necessidade de incluir os homens na discussão sobre a violência contra a mulher. “Estamos falando e dialogando com as vítimas, mas precisamos também cuidar e orientar o homem, e principalmente evitar que ele volte a agredir.”

O evento ainda contou com a presença do juiz da comarca de Canaã, Danilo Alves, da defensora pública Carolina Cariço, titular da delegacia Especializada da Mulher, Natália Ferreira, além de autoridades do executivo, legislativo e sociedade civil.

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