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Seleção Feminina é inspiração para jogadoras paraenses que disputam Mundial Escolar no Marrocos

Colégio Sistema, de Ananindeua, foi campeão brasileiro de futebol feminino e vai representar o país em torneio na África. Conh

Caio Maia
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O que a Seleção Brasileira Feminina e um grupo de 18 estudantes de um colégio em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, têm em comum? O sonho de serem campeãs mundiais. Assim como as comandadas de Pia Sundhage, adolescentes paraenses também alimentam o sonho de vencerem o primeiro Mundial da história do país. Entre os dias 22 e 31 julho, as jovens estarão em Rabat, cidade no Marrocos, para a disputa do Campeonato Mundial Escolar de Futebol. Na bagagem, além da expectativa pelo torneio, elas levam a idolatria pelas jogadoras da Seleção e prometem, mesmo de longe, estarem ligadas nas jogadas das Meninas do Brasil na Copa do Mundo da Oceania.

Quem representará o Brasil no Mundial Escolar no Marrocos são as estudantes do colégio Sistema, de Ananindeua. Em março deste ano, elas conquistaram o título brasileiro escolar de futebol feminino e garantiram uma inédita vaga no Mundial da categoria. Na campanha até a Copa do Mundo, as jovens paraenses fizeram bonito e venceram todas as cinco partidas disputadas.

Sonho de infância

image Paula Silva, ao centro, se inspira em jogadoras da Seleção Brasileira (Carmem Helena/ O Liberal)

O bom resultado faz  com que as meninas sonhem alto com a possibilidade de serem novas referências aos olhos do mundo. Quem mantém essa confiança é a jogadora Paula Silva, capitã da equipe brasileira.

 Assim como várias meninas, Paula sempre teve o sonho de ser jogadora de futebol. Com 17 anos, ela viu pouco da 'era de  Ouro' da Seleção Feminina, mas acompanhou grande parte da reformulação vivida pela equipe nos últimos anos. Agora, como jogadora, a jovem não só vai torcer pelo título de Marta e companhia pela TV, mas terá a chance de conquistar a sua própria estrela na camisa.

"A minha expectativa é grande, porque eu acompanho muito o futebol feminino desde pequena, sempre tive essa paixão e agora não será diferente. Espero uma boa campanha do Brasil nos dois torneios. Venho, enquanto isso, fazendo a minha parte, treinando e me esforçando, para que eu possa ajudar a minha equipe e representar bem o país e, quem sabe, trazer uma medalha para casa", disse.

image União é ponto forte da equipe paraense que vai representar o Brasil no Mundial Escolar (Carmem Helena/ O Liberal)

As inspirações de Paula no futebol ilustram bem este período de transição que vive o Brasil. A jovem jogadora é fã de duas atletas: uma delas uma lenda do futebol feminino, mas que não pertence mais à equipe; a segunda é a melhor jogadora brasileira em atividade atualmente.

"Não só pelo estilo de jogo, mas como referência no futebol mesmo, tenho duas inspirações. Uma é a Debinha e a outra a Formiga. Imagino chegar a um dia na Seleção, assim como elas. Por isso tenho foco, treino cada dia mais pra chegar nesse nível e disputar uma Copa do Mundo", afirmou.

Esporte escolar como porta de entrada

image Dhones Ferreira, técnico da equipe paraense, explica importância do Mundial (Carmem Helena/ O Liberal)

O objetivo de Paula não é mais só um sonho adolescente. Ele é real. Pelo menos é o que afirma o treinador do Sistema e, agora, da Seleção Brasileira, Dhones Oliveira. Segundo ele, outras alunas do próprio colégio Sistema, que disputaram torneios nacionais em outros anos, conseguiram chegar às categorias de base da Seleção Brasileira.

"Nós disputaremos o mundial também e sei que todas elas tem o sonho de chegarem à Seleção Brasileira. Pode ser que isso aconteça ou não, mas trabalhamos todos os dias pra fomentar a amadurecer esse sonho. Temos uma atleta, que chegou à seleção há duas semanas, que é a Pamela dos Santos. Daqui do colégio ela foi para o Avaí Kindermann-SC, local onde temos muitos amigos. Depois de um bom trabalho lá ela chegou a seleção sub-20", explicou.

image Mundial do Marrocos pode ser momento de virada de chave das meninas de Ananindeua (Carmem Helena/ O Liberal)

O Mundial, inclusive, será um fator motivacional para as meninas que buscam se profissionalizar no futebol, segundo Dhones. Ele afirma que, sob os olhos do mundo, elas puderam demonstrar todo o talento trabalhado no Brasil e "mudar de eixo" em busca de uma carreira no mundo da bola.

"Estar saindo de Belém, indo pra outro país, é maravilhoso pra elas. Isso é uma coisa que digo muito pras meninas, pra elas terem noção de onde estão, do que alcançaram e do que isso pode trazer de benefícios. No campeonato, alguém pode observar elas e levá-las para outros eixos, seja fora do estado ou do país. É uma vitrine maravilhosa pra todas elas", finalizou.

As estreias do Brasil

Mais um fator entrelaça ainda mais as histórias da Seleção Feminina e das meninas paraenses: ambas estreiam nos Mundiais no mesmo dia. As jogadoras de Pia Sundhage jogam, às 7h (de Brasília), contra o Panamá, no estádio Hindmarsh, em Adelaide. Já as estudantes brasileiras enfrentam, em Rabat, a seleção do Mali.

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