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Secretário da Seel cita receitas do Mangueirão e descarta repasse do estádio à iniciativa privada

Secretário Cássio Andrade comentou sobre os eventos-testes, citou algumas dificuldades e informou que existe perspectiva de repasse do Mangueirão para a iniciativa privada

Fábio Will e Luiz Guilherme Ramos
fonte

O novo Mangueirão está pronto, ampliado, moderno, confortável com área de estacionamento muito mais ampla e segura. Dois eventos-testes foram realizados no Mangueirão, que virou arena e que em breve poderá receber shows, eventos e grandes jogos, incluindo partidas da Seleção Brasileira. O Colosso do Bengui será administrado pela Secretaria de Estado Esporte Lazer (Seel), que possui como secretário Cássio Andrade. Ele conversou com a equipe de O Liberal de maneira exclusiva.

Secretário da Seel fala sobre o Novo Mangueirão

Durante a conversa, realizada no próprio Mangueirão, Cássio Andrade avaliou como a revitalizada praça esportiva se portou diante de dois clássicos entre Remo e Paysandu, que teve capacidades reduzida para 25 mil e 30 mil torcedores, e o que se pode esperar do maior palco esportivo do Estado com a reabertura em sua totalidade, com 50 mil torcedores, a partir do dia 9 de abril. Entre os assuntos abordados estão a acessibilidade, shows, eventos, estacionamento, bares e que o mangueirão seja autos-sustentável, sem que seja repassado à iniciativa privada.

Qual a avaliação do estádio após os dois clássicos?

“Passamos por dois eventos-testes, os dois clássicos pela Copa Verde. O resultado foi extremamente positivo. Identificamos alguns gargalos, como a questão do estacionamento e alguns problemas nas catracas, mas é para isso que existe o evento-teste. A nossa diretoria já se reuniu com os clubes, porque dependemos dos tíquetes emitidos por eles. Já alinhamos desde o primeiro momento algumas soluções e no segundo jogo a entrada aos estacionamentos já foi muito mais rápida. Era necessário ter esses eventos para avaliarmos qualquer dificuldade que poderíamos ter.

Quais as principais melhorias no estádio e o que isso representa para o torcedor?

“Agora, no dia 9 de abril, faremos a inauguração oficial com o grande clássico Remo e Paysandu. Estamos falando de um estádio que subiu de 30 para 50 mil cadeiras, de um estádio com gramado novo, o mesmo utilizado na Copa do Mundo do Catar; todo sistema de drenagem foi refeito. Temos novo sistema de iluminação de LED, moderníssimo; duas telas das mais modernas do mercado; construímos 36 camarotes, quatro restaurantes, áreas modernas, banheiros, áreas para pessoas com necessidades especiais. É uma mega construção que dá uma nova roupagem ao estado do Pará”.

Torcedores criticaram o acesso ao Mangueirão. Como isso foi recebido?

“Tive a oportunidade de visitar vários estádios em São Paulo e constatei que, sem sombra de dúvida, o nosso é um dos mais modernos e mais eficientes do Brasil. O nosso estacionamento vai saltar de 2,5 mil para quase 9 mil. São números que engrandecem o governo do estado, nos coloca em uma posição privilegiada, que nos permite pleitear eventos nacionais e internacionais. Sabemos que o entorno do Mangueirão tem vias muito estreitas e para isso precisamos da contribuição de vários órgãos. Tanto que existe uma reunião antes dos eventos, que reúne vários órgãos estaduais e municipais, entre eles PM, PC, TJ, MP e Detran e Semob. São dois grandes parceiros que nos ajudam na organização do trânsito. Mas é bom ressaltar que, por maiores que sejam os problemas, estamos falando de um evento que reúne cerca de 50 mil pessoas. Com isso, nós encontramos certas dificuldades, até porque as pessoas gostam de chegar no mesmo horário. Já temos algumas propostas de atividades para o novo Mangueirão, para que elas possam acontecer antes das partidas, durante o dia inteiro, para que muitos torcedores cheguem no horário antecipado, participando assim de shows, programações culturais que possam movimentar o espaço desde cedo, melhorando a fluidez dos carros no nosso estacionamento”.

Imagens do Novo Mangueirão; veja

Cássio Andrade Seel Novo Mangueirão entrevista exclusiva

Shows no Mangueirão podem ocorrer? Existe uma logística já pré-definida pela SEEL?

“A SEEL está adquirindo um piso chamado easyfloor, que cobrirá o gramado oficial e vai permitir a realização de grandes eventos para o Mangueirão. Inclusive já temos agendas para o local, visando a realização de shows, que devem colocar Belém do Pará no roteiro de grandes espetáculos nacionais e internacionais. O Mangueirão se posiciona como um dos estádios mais modernos do país e vai oportunizar não só o esporte, mas também o entretenimento. Existe um decreto elaborado pela equipe técnica do Mangueirão, que se baseia em informações de modelos de outros estádios, de uma cobrança mínima de funcionamento. O velho Mangueirão custava 160, 180 mil por mês. A expectativa é de que o novo tenha um custo triplicado, até por conta da estrutura. O Governo do Estado criou essa estrutura para que ele se sustente, ou seja, que o estado não tenha que dispor de recursos para manter. Existem cobranças de um show. Se a empresa quiser o gramado vai ser um X, se quiser gramado e arquibancada será outro X, tem que colocar a proteção do piso, que tem outro custo”

Esse valor garante que o Mangueirão se mantenha sem que seja repassado à iniciativa privada? O que a população em torno do estádio ganhará com o novo Mangueirão?

“Com esses recursos o estádio será auto-sustentado, conforme a determinação do governador Helder Barbalho. O Governo do Estado criou nessa estrutura toda, com áreas, por exemplo, para o Vida Ativa, um programa da SEEL para realizar atividades com a terceira idade. Existe um espaço onde eles podem praticar atividades físicas para manter a saúde. Temos um centro de informática, um Batalhão de PM permanente, que serve ao estádio e à comunidade. Fizemos todo o muro, calçamento, iluminação, tudo ao redor para beneficiar a comunidade. A ideia é vender os camarotes e ter uma arrecadação para a Seel. Os restaurantes também. O campo tem a cobrança também, mas quando for time regional o valor é reduzido. Alguns podem reclamar que vamos pagar estacionamento agora, mas em qualquer lugar do mundo você paga, muitos em valores altíssimos, 70, 80 reais. Aqui, com esse valor, você tem seu carro vigiado, a garantia de que, se algum incidente acontecer, você será ressarcido pela empresa vencedora da licitação. É um custo baixo para preservar seu bem. Não há nenhuma perspectiva de repassar a gestão do Mangueirão para a iniciativa privada. Nós, da diretoria, não vemos essa possibilidade, até porque não tem necessidade. Diante dos mecanismos, temos a certeza que o estádio vai se sustentar sozinho. Teremos também uma academia, bem como a utilização de alguns espaços para atividades físicas e comunitárias”.

Como anda a situação do Museu no Mangueirão?

“O Museu é um projeto da Secult, que será implementado em um espaço de quase 200 m², que vai reunir a história do futebol paraense. Entre essas histórias, a própria inauguração do estádio, quem marcou o primeiro gol, inclusive ele continua trabalhando aqui, o Mesquita. Vamos trazer camisas, informações, eventos. Estamos trabalhando para resgatar esses documentos do estádio, fotos, objetos, todas as relíquias do nosso futebol, em um espaço agradável, moderno, com participação do visitante graças a tecnologia interativa”.

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