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Tecnologia é o futuro do mercado de trabalho

Com salários altos e mais comodidade, área tecnológica tem vagas em excesso e poucos profissionais qualificados

Elisa Vaz

O futuro do mercado de trabalho é tecnológico. É o que apontam diversas pesquisas e especialistas ao redor do mundo, após a pandemia da covid-19 ter acelerado processos mercadológicos que já estavam em andamento, mas agora fazem parte da rotina dos trabalhadores. Um exemplo é a adoção do home office, possibilitado pela tecnologia, junto com as reuniões online e videochamadas.

Um levantamento realizado pelo LinkedIn, com base em dados dos próprios usuários, identifica os cargos que tiveram maior demanda entre janeiro de 2017, antes da pandemia, e julho de 2021, e aponta os caminhos para o mercado em 2022. O resultado é que a área de tecnologia vai, novamente, movimentar as contratações este ano no Brasil.

Professor com mestrado em ciência da computação, Rômulo Pinheiro diz que as pessoas em geral, mesmo as que não querem trabalhar com tecnologia, precisam se adaptar aos avanços no ambiente digital. “A área de Tecnologia da Informação (TI) beneficia todas as outras, e os usuários comuns são beneficiados com serviços online. Por exemplo, hoje temos plataformas em que você coloca alguns dados e ela já gera todo seu Imposto de Renda, só para colocar no sistema da Receita Federal. Outro exemplo, hoje você pode fazer videochamadas para todos os lugares, antes era mais difícil, as redes eram piores. As consultas médicas podem ser feitas remotamente, assim como audiências judiciais. Até o dinheiro mudou, as criptomoedas provam que a tecnologia avançou bastante. Isso afeta todo mundo e quem produz são os profissionais de tecnologia”, explica.

Por conta desse avanço, não provocado, mas acelerado pela pandemia, a área de TI deve movimentar o mercado de trabalho em 2022, adianta o professor, que é também coordenador em polo EAD na Universidade da Amazônia (Unama). Segundo ele, esta foi uma das poucas áreas que não pararam no isolamento social – pelo contrário, só cresceu e aumentou salários e oportunidades para pessoas qualificadas, tanto que, hoje, diz Rômulo, há mais ofertas de empregos no setor tecnológico do que pessoas habilitadas para ocupar esses postos.

“Muitas empresas que não pensavam na digitalização de serviços passaram a pensar na pandemia, como restaurantes, lojas de roupas, joias e produtos em geral, além de outras áreas. A própria utilização de redes sociais cresceu nas empresas. Então a tecnologia está em alta, É uma tendencia que não vai voltar atrás. O motivo pelo qual sentimos esse ‘boom’ na área de tecnologia é, em parte, porque não há tantos profissionais qualificados, mas essas áreas são muito importantes. O profissional que é formado, faz cursos e se atualiza tem chances de pegar salários maiores em cargos importantes”, avalia.

Rômulo ainda diz que, no Norte, também há uma tendência de alta, e muitas empresas procuram profissionais diretamente nas universidades, em seleção com alunos que ainda não são formados, tendo como base as chamadas “soft skills”, ou seja, habilidades em TI e também convivência interpessoal. Para conseguir uma vaga nesse mercado, no entanto, é preciso estar atualizado. Um curso de dez anos atrás, na opinião do professor, não vale o mesmo hoje. Portanto, além do ensino superior, o profissional tecnológico precisa buscar qualificação e certificações que possam agregar à sua formação. Outras dicas do especialista são: ficar atento a novas tecnologias; participar de eventos como congressos, simpósios e palestras; aumentar o networking; ter habilidade para trabalhar em equipe e sob pressão e para se envolver na empresa; e estar adequado ao mundo atual. “O melhor profissional do mundo pode se inscrever a uma vaga, mas se o recrutador perceber que ele tem comentários preconceituosos em suas redes sociais será desclassificado”.

Já para quem não é formado na área de tecnologia mas quer buscar uma chance neste mercado, a primeira coisa a se fazer é procurar um curso de nível superior, como ciência da computação, análise e desenvolvimento de sistemas, game e design ou outros, dependendo do que o profissional quer e prefere. “A minha dica é procurar uma universidade, se matricular em um curso e fazer outros por fora, de complementação e de atividades extracurriculares, especialmente de programação e na área de gerência de projetos. Tendo esses requisitos, a chance de se aprimorar e ter um futuro brilhante na carreira é muito grande”, orienta Rômulo.

Ele ainda ressalta que esse ‘boom’ no setor tecnológico ocorre no mundo todo. Então, os profissionais também podem procurar oportunidades em outros países, como Portugal, França, Estados Unidos e muitos outros. A vantagem, para ele, é o home office, que oferece uma comodidade maior ao trabalhador, que ainda ganha um salário alto e benefícios.

Confira algumas profissões tecnológicas que devem ter destaque em 2022:

Recrutador(a) especializado(a) em tecnologia

Engenheiro(a) de confiabilidade de sites

Engenheiro(a) de dados

Especialista em cibersegurança

Representante de desenvolvimento de negócios

Gestor(a) de tráfego

Engenheiro(a) de machine learning

Pesquisador(a) em experiência do usuário

Cientista de dados

Analista de desenvolvimento de sistemas

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