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Especialista em RH dá dicas de como falar sobre pontos fracos em entrevistas de emprego

Especialista em recursos humanos explica como transformar limitações em oportunidades de mostrar potencial de crescimento

Andreza Dias

Falar sobre ‘quais são seus pontos fracos?’ em uma entrevista de emprego é um dos momentos que mais causam insegurança  nos candidatos. Mesmo sendo uma pergunta comum, muitos têm dificuldade em abordar o tema, já que destacar as próprias limitações diante de um recrutador pode parecer arriscado. No entanto, segundo especialistas em recursos humanos, essa é uma oportunidade de mostrar autoconhecimento e maturidade profissional.

Embora já saibamos quase decorado, o que será perguntado em uma entrevista. Os entrevistadores irão buscar avaliar: disponibilidade, flexibilidade, adaptação, capacidade de comunicação e as motivações por trás de querer tanto a vaga.

Para Anna Padinha, diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Estado do Pará, durante uma entrevista os recrutadores não observam apenas as respostas, mas a forma de expressar e a capacidade de comunicação. “Avaliamos os pontos fortes e os pontos de melhoria por meio de perguntas situacionais e comportamentais, que ajudam a entender como o profissional reage a desafios reais. Mais do que identificar falhas, o objetivo é compreender o nível de autoconhecimento, a maturidade emocional e a capacidade de aprendizado do candidato”, pontua.

Autoconhecimento

Segundo a gestora, esses desafios podem ser vistos como “pontos de melhoria”, isto é, como evolução profissional. Ela afirma que esses pontos demonstram autenticidade e inteligência emocional. “Todos nós temos aspectos a desenvolver, e o que diferencia um bom profissional é a disposição para evoluir. Tentar esconder fragilidades ou responder de forma genérica pode soar artificial. A sinceridade, acompanhada de uma atitude proativa, transmite credibilidade e maturidade”, comenta Anna.

No trabalho, reconhecer limitações também é um ponto forte. As respostas podem ser preparadas estrategicamente: apresente o ponto de melhoria de forma objetiva, explique o impacto das demandas na rotina e mostre as ações que tem tomado para evoluir. Isso demonstra autoconhecimento e comprometimento com o desenvolvimento pessoal, sem tornar a resposta negativa.

Afinal, existe uma forma ideal de estruturar a resposta para essa pergunta? 

A especialista em recursos humanos, cita qual a melhor forma de responder esse questionamento: mostrar reconhecimento de forma objetiva trazer exemplos práticos de situações e sempre deixar claro a busca por melhorias são boas dicas para se sair bem. “Essa construção evidencia autoconhecimento e comprometimento com o próprio desenvolvimento, sem transformar a resposta em justificativa”, afirma.

Ainda, segundo a especialista Anna Padinha. O recrutador percebe quando o candidato realmente se conhece e se está em busca de desenvolvimento. Essa postura revela profissionais conscientes, comprometidos e com alto potencial de crescimento dentro das organizações. 

Erros comuns são trasformar ponto fracos em qualidade

Um erro comum é tentar transformar um defeito em qualidade, como dizer que é “perfeccionista” ou “ansioso” para parecer comprometido. Segundo a especialista, esse tipo de resposta soa artificial e pode prejudicar a avaliação. “Vale lembrar que o recrutador sempre busca identificar como o candidato lida com suas limitações, ou seja, negar que exista algo a melhorar só atrapalha a forma de conduzir sua entrevista”, orienta Anna.

Diante desse cenário, demonstrar atitude diante da dificuldade e a busca por soluções práticas como treinamentos, orientações, feedbacks, conversas com colegas de trabalho e até mesmo a autoreflexão - de entender que ponto profissional necessita de maior dedicação. “Essa postura transmite segurança e responsabilidade, mostrando que o profissional encara o aprendizado como parte natural da carreira”, afirma a gestora.

Exemplos reais no ambiente de trabalho

É recomendável usar exemplos reais do ambiente de trabalho ao falar sobre fraquezas?Como recomendação da gestora de RH, o ideal é evitar citar nomes, situações constrangedoras ou falar negativamente sobre gestores e colegas. “A intenção é mostrar aprendizado, e não justificar comportamentos passados. Um bom caminho é mencionar situações já superadas, em que o profissional identificou uma dificuldade e conseguiu evoluir”, pontua Anna.

A gestora de recursos humanos exemplifica como pode ser feito: “No início da minha carreira eu tinha dificuldade em delegar tarefas, mas aprendi a confiar mais na equipe e hoje vejo os resultados disso”, afirma.

Anna complementa ao dizer que, o mais importante é que o exemplo seja comportamental, e não técnico, pois o recrutador está interessado em entender como o candidato reage, aprende e se desenvolve diante dos desafios.

 

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