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Sem queda, Norte registra maior oscilação positiva do país na intenção de consumo em abril

Medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 2,7% na passagem de março para abril

Natália Mello

Sem registro de queda no critério regional, a região Norte registou a maior oscilação positiva (+4,2%) do país na intenção de consumo das famílias (ICF) de março para abril, segundo medição da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em números gerais a nível, de Brasil, o índice alcançou o patamar de 78,5 pontos no mês quatro deste ano, o maior nível desde maio de 2020 (81,7 pontos), com uma variação positiva de 2,7% – o quarto aumento mensal consecutivo. A medição leva em conta uma escala de 0 a 200 pontos.

As demais regiões do Brasil também apresentaram crescimentos no índice: no Nordeste, o aumento foi de 2,4%, no Centro-oeste 2,8%, no Sudeste 2,9%, e no Sul 2,2%. Embora tenha permanecido abaixo do nível de satisfação (100 pontos), o mês de abril deste ano, segundo a pesquisa, também foi melhor do que abril de 2021, quando o ICF apresentou 70,7 pontos – o que ocorre desde abril de 2015 (102,9 pontos). Em relação a abril de 2021, houve elevação de 11,1%, mantendo a tendência positiva dos meses anteriores.

De acordo com o economista e membro efetivo do Conselho Regional de Economia (Corecon), Luiz Carlos Silva, essa variação positiva está se dando em função do reaquecimento da economia, principalmente devido o avanço da vacinação e a perspectiva pelo fim da pandemia. “O fato de a região Norte apresentar o maior percentual positivo entre as regiões do país deve ser visto com um misto de otimismo e cautela, já que a variação tem como base números não muito animadores apurados a um ano. Ou seja, a variação positiva dá-se sobre uma base bastante pessimista apurada há um ano”, explica.

A pesquisa aponta que o consumo do brasileiro continua em alta, mas está desacelerando. O economista explica alguns motivos para esse cenário. “Vivemos um momento de recuperação econômica, entretanto, a política econômica adotada no Brasil está levando a um recrudescimento da inflação, além disso os juros extremamente elevados inibem o consumo das famílias isso combinado com o contam-te aumento dos combustíveis e o conflito Rússia x Ucrânia que desorganizou o comércio internacional”, finaliza Luiz Carlos.

O comerciante Alan Lima tem um ponto de vendas de produtos de decoração há cinco anos dentro de um shopping da capital paraense. Ele comenta que, mesmo enfrentando alguns problemas com relação ao quadro de funcionários, que precisou fazer alterações, percebeu um aumento considerável do faturamento dos primeiros três meses desse ano. “Apesar de não termos batido a meta que a gente estipula e janeiro não ter sido tão bom esse ano, fevereiro e março tivemos um aumento de 20% no faturamento, então a gente percebe esse crescimento do consumo nesses primeiros meses de 2022”, afirmou.

Mais sobre o Índice de Consumo das Famílias

De acordo com o levantamento, o indicador referente ao Emprego Atual mostrou que a maior parte dos entrevistados (34,5%) se sentiu tão segura com seu emprego quanto no ano passado, uma proporção menor do que no mês anterior (34,8%), no entanto maior do que em abril de 2021 (33,2%). O patamar atingido por este item (103,9 pontos) o manteve como o maior indicador da pesquisa em abril, sendo também o maior nível desde abril de 2020 (117,3 pontos).

Enquanto isso, a Perspectiva Profissional apresentou o maior crescimento do mês (+5,7%). a quarta consecutiva e mais intensa do mês, sinalizando continuação da confiança das famílias em relação ao mercado de trabalho para os próximos seis meses. Na comparação com igual mês do ano passado, houve crescimento de +12,4%. Com isso, o item atingiu 94,9 pontos, a maior pontuação desde abril de 2020 (106,3 pontos).

A percepção mais positiva das famílias em relação à Renda Atual continuou avançando; contudo, o Acesso ao Crédito já revelou um aumento da dificuldade de realizar compras a prazo. A incerteza em relação ao futuro, com os efeitos da guerra e as dificuldades econômicas internas, levou a uma desaceleração do avanço do Consumo Atual, acompanhado por um avanço de +0,1% na Perspectiva de Consumo, a menor taxa do mês.

As famílias do Sul foram as mais confiantes (87,9 pontos), mesmo estando em nível insatisfatório; e as do Norte (60,6 pontos), as que apresentaram menor indicador. A maioria das regiões registrou alta na comparação anual, sendo o Norte com a única com taxa negativa (-2,0%) e o Sul com a mais positiva (+16,8%).

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