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Pará registrou a abertura de 28,8 mil novas empresas de janeiro a abril de 2022

Em comparação ao mesmo quadrimestre de 2021, houve queda de 11,1% nesse índice, acompanhado pela Junta Comercial do Pará

Natália Mello
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O Pará registrou, de janeiro a abril de 2022, a abertura de 28.837 mil novas empresas, 11,1% a menos do que no mesmo período do ano passado, quando foram abertos 32.453 novos empreendimentos. Os dados são da Junta Comercial do Estado (Jucepa). Apesar do recuo, o número foi melhor do que em 2020, quando 24.202 empresas foram abertas nos mesmos quatro meses, 19,1% a menos do que este ano.

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No que se refere ao mês de abril, também foi observada uma queda no comparativo entre 2022 e 2021: foram abertas 6.974 e 7.892 empresas paraenses, respectivamente, o que representa uma retração de 11,6%.

Dados mais recentes repassados pela Receita Federal ao Grupo Liberal também confirmam essa discreta retração. As informações, atualizadas no dia 18 de maio, revelam um valor um pouco maior de empresas abertas em 2022 no Estado do que o informado pela Jucepa, chegando ao número de 33.400. Deste total, 26.255 são empresas tipo Micro Empreendimento Individual (MEIs), o que significa 78,6% do total de novos empreendimentos iniciados em território paraense.

Ainda de acordo com a RF, os municípios que mais registraram a abertura de novos empreendimentos em 2022 foram Belém (8.763), Ananindeua (3.239), Santarém (1.906), Parauapebas (1.786), Marabá (1.701), Castanhal (1.208), Altamira (827), Itaituba (687), Redenção (588), Barcarena (545) e Canaã dos Carajás (470).

O casal Natan Sousa e Célia Sousa possui uma empresa que comercializa açaí em Ananindeua e também para fora do Estado. Nos últimos meses, os empresários contrataram cinco novos funcionários e, de acordo com Célia, com a crescente demanda pelo produto, outras 10 pessoas ingressarão no quadro da empresa em breve.

“Sou advogada, mas trabalhamos com açaí desde 2005, e formalizamos essa empresa que temos hoje em 2018. Hoje vendemos polpa no varejo e no atacado e, no momento, estamos com quadro completo, mas estamos sentindo necessidade de novas contratações. Já estou recebendo currículos para pessoas que trabalhem como batedor, vendedor, na limpeza. A ideia, inclusive, é expandirmos o nosso negócio”, destacou.

Ainda segundo Célia, é importante ter o entendimento que todos que trabalham com açaí atuam no mercado em duas fases: a da safra e a da entressafra. “É quando tem o açaí, mas não com a mesma qualidade. E para vender a polpa congelada para fora do Pará tem que ser do açaí da safra”, conclui.

Sudeste registra número considerável de novas empresas

O ritmo acelerado da economia observado na região sudeste do Pará, segundo o economista Nélio Bordalo, se deve, possivelmente, a dois fatores, que explicam o número elevado de constituição de empresas. O primeiro deles está relacionado ao setor industrial, sobretudo do segmento de extração mineral, que vem tendo um reflexo direto na sua dinâmica e na economia do Pará.

“Muitas empresas se instalam no entorno dos grandes empreendimentos para dar suporte em serviços terceirizados, como reparos, manutenção, fornecimento de uniformes, refeições, e prestações de serviços técnicos e contábeis, por exemplo”, explica. O segundo fator ressaltado por ele está relacionado com a constituição da formalização de novos Microempreendedores Individuais (MEIs).

“Esse segundo em decorrência da legalização de muitas pessoas que atuavam de maneira informal e que precisavam se legalizar com pessoa jurídica. E também foi pela oportunidade de conseguir recursos emergenciais liberados pelo Governo Federal no período crítico da pandemia do coronavírus”, concluiu.

Cenário no Brasil

No Brasil, foi registrada a abertura de mais de 1 milhão de empresas no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento do escritório de contabilidade Contabilizei, realizado a partir de dados da Receita Federal. De 1.022.789 milhão de empresas abertas no período, 79% são Microempreendedores Individuais (MEIs). Os outros 21% são micro, pequenas empresas, empresas de grande porte, indústrias e agronegócios.

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