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Mercado de trabalho em 2022 será mais otimista, mostra estudo

Especialista aponta tendências e como garantir emprego por meio da qualificação

Elisa Vaz

Trabalhadores e empresários estão mais otimistas para este ano, com a retomada econômica e a promessa de mais empregos. A 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half, que mede a percepção dos profissionais qualificados em relação ao mercado de trabalho e à economia, aponta aumento na confiança dos colaboradores. Com o índice alcançado, significa que se trata do melhor resultado para a situação atual desde o início da pandemia, em março de 2020.

O administrador de empresas e especialista em mercado de trabalho Rogério Moura afirma que, como o cenário hoje é de pós-pandemia, mesmo com a cautela que ainda existe. Com o avanço da vacinação e a redução de casos, que estão em um patamar reduzido em relação ao ápice da pandemia da covid-19, ele diz que é possível identificar que o mercado está propenso a ter uma alta, especialmente no que se refere à geração de empregos.

"A economia está se restabelecendo novamente, então, neste sentido, podemos dizer que é positivo. As empresas estão no mercado e muitas que estavam fechadas estão conseguindo se equilibrar. As coisas podem estar alavancando, porque uma vez que as empresas começam a melhorar, começam a ter uma receita mais significativa, logicamente vai precisar de mais empregados. Isso acaba melhorando o mercado de trabalho", avalia.

Rogério diz que, neste ano de 2022, a alta do setor é esperada, seja em investimentos ou recursos. O administrador também leva em consideração que é um ano político e, por isso, surgem as chamadas "obras eleitoreiras". "Querendo ou não, acaba se tornando algo cultural dentro do nosso país e essas obras fazem com que haja uma demanda maior de produtos e serviços. E aí logicamente que a taxa de desemprego dá uma recuada, e nós temos um crescimento na própria empregabilidade devido a essas diversas obras vão surgindo conforme as campanhas eleitorais também vão se aproximando", comenta ele.

Tendências

Com a saída mais certa do período pandêmico que em anos anteriores, 2022 promete trazer novidades no mercado. Uma delas é o modelo de trabalho híbrido, que se consolidou como uma das principais tendências do mercado de trabalho. Segundo a pesquisa da Robert Half, o panorama das empresas brasileiras neste início de ano mostra que 50% das companhias estão atuando em modelo híbrido; 28% estão em modelo totalmente presencial; e apenas 8% seguem em home office integral. Além disso, 13% das empresas ainda não contam com uma definição, pois optaram por realizar ajustes conforme os rumos da pandemia.

Os recrutadores dizem que este modelo trouxe algumas vantagens: para 73% deles, houve a possibilidade de contratar profissionais de outras localidades. Eles afirmam considerar candidatos de outras cidades ou países para o preenchimento de vagas - 29% disseram avaliar candidatos de fora, mas sem oferta de apoio para mudança de cidade; 22% consideram esses profissionais apenas para o trabalho remoto; e 21% oferecem assistência para a mudança.

De acordo com o administrador de empresas, o termo "híbrido" já indica que a atividade será feita parte presencial e a outra de forma virtual - o modelo já é uma tendência no mundo todo. "O home office hoje está sendo uma das principais características pós-pandemia; isso acabou sendo acelerado nos momentos de dificuldades da população. Nós aceleramos o trabalho virtual e isso fez com que muitas empresas pudessem observar a redução de custos e despesas que teriam em um ambiente físico. Então, mesmo no cenário de pós-pandemia, muitas delas continuarão em serviços híbridos, em home office, ou seja, elas viram neste contexto a necessidade de fazer essa adequação e em muitos casos acabou dando certo".

As duas modalidades contribuem de uma forma significativa para o próprio empregado e também para o empregador, na opinião de Rogério, porque os dois lados têm pontos positivos. Um deles é a redução de custos para o trabalhador, que se deslocava de forma significativa a determinado lugar e agora pode fazer tudo na sua casa ou no seu escritório. As empresas também economizam com energia elétrica, por exemplo. E embora haja a tendência de haver certa resistência, o especialista acredita que vai acabar fluindo

Qualificação

Neste novo cenário de contratações e oportunidades, as vagas devem ser supridas por pessoas que estão se qualificando, aponta Rogério. Portanto, a qualificação é de suma importância dentro deste novo ambiente - se a empresa está a procura de trabalhadores que sejam qualificados e o profissional não está se adequando às novas realidades e aos novos métodos de trabalho, necessariamente estará fora deste mercado.

"Nós podemos dizer que a qualificação em tecnologia, principalmente, é um dos principais pontos para que você possa garantir a sua empregabilidade no mercado de trabalho e ter uma ótima qualificação para aplicar nas empresas. Esses trabalhadores terão grandes oportunidades, se souberem como lidar com esse novo avanço da própria tecnologia. É uma das vantagens que nós temos: você tem a informação em tempo real e pode trabalhar em qualquer lugar do país e prestar um serviço para qualquer lugar do país, em meio à tecnologia", ressalta o profissional.

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