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Financiamento: veja quais são as opções disponíveis para o pequeno empresário

Economista dá dicas e orientações para cada tipo de negócio

Natália Mello

Iniciar uma empresa, mesmo que de pequeno porte, exige pelo menos três pontos importantes que devem ser levados em consideração: planejamento, gestão e estudo de mercado. Com isso em mãos, o pequeno empresário parte para o próximo passo, o financiamento. Mas quais são as opções disponíveis? Como saber quais são melhores pacotes de subsídios? O economista Nélio Bordalo, membro do Conselho Regional de Economia, enumera alguns.

“Hoje algumas instituições estão com essa disponibilidade de recursos, mas o mais interessante é o oferecido pelo Banco da Amazônia, através do FNO – Fundo Constitucional de Financiamento do Norte. Existe também um outro tipo de financiamento pelo Finep – Financiadora de Estudos e Projetos –, mas já é quem precisa de recursos para desenvolver uma tecnologia, uma inovação”, explica.

A Finep é uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, sediada no Rio de Janeiro. A empresa é vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI). Ou seja, o pequeno empresário pode buscar recursos, junto ao governo federal, por meio do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá – localizado na Universidade Federal do Pará (UFPA). “Lá eles publicam os editais quando são disponibilizados recursos para esses projetos, essas startups”, declara Nélio.

Sobre o Finep, Nélio explica. “O empreendedor muitas vezes tem a ideia, tem um produto que ele quer desenvolver, mas não tem recurso suficiente. Então o Finep tem esse tipo de recurso, que pode realmente dar uma estrutura para esse empreendedor desenvolver este produto ou uma tecnologia que ele precisa. Então, é interessante ele quando ele está ‘startando’. Agora ele tem que estar com a empresa constituída juridicamente".

Já o FNO tem dois focos de incentivo: energia verde, e ciência, tecnologia e inovação. Em ambos, os empreendimentos devem estar alinhados a alguns objetivos: Desenvolver uma Amazônia sustentável com crédito e soluções eficazes; Induzir práticas sustentáveis nos empreendimentos rurais e urbanos; Promover o desenvolvimento socioeconômico regional; Atender de forma satisfatória às demandas dos segmentos produtivos; e Estimular as atividades selecionadas conforme zoneamento ecológico econômico homologado nos estados.

Crédito comercial

Também tem a opção de crédito comercial para micro e pequenas empresas para aquisição de matérias-primas, insumos, bens ou produtos para a formação ou manutenção de estoque do empreendimento. “Os recursos do FNO são atrativos em termos de valores, de taxa de juros, não vai pagar o IOF e ainda tem uma bonificação de pagar em dia, então são condições favoráveis para quem está iniciando a atividade. Se empresário constituiu a empresa, ele já pode pleitear esse financiamento, é claro, abrindo uma conta, fazendo todo o cadastro para análise do risco desse negócio”, detalha.

O economista reforça que planejamento, estudo de mercado e gestão é um tripé imprescindível para o sucesso do negócio, especialmente para que esse pequeno empresário saiba onde e quando deve buscar recursos de financiamento para investir. Também aponta como fundamental um rigor com as documentações do empreendimento para, assim, atender às exigências das instituições financeiras e não perder oportunidades. Sobre o mercado atual, Nélio lembra que o segmento de serviços e comércio são dois dos mais fortes no Estado.

“Essas duas atividades realmente geram muito emprego e renda. Então por isso os empresários, empreendedores vão buscar esse nicho. Agora é claro que atualmente, em função da abertura de mercado, da tecnologia e da internet, também os empreendedores estão buscando várias alternativas, várias situações que possam trazer um benefício para os seus clientes”, finaliza.

Financiamento a curto prazo

O superintendente regional do Banco da Amazônia no Amapá e Pará, Edmar Bernaldino, destaca que a instituição tem algumas linhas importantes de crédito para atender não só ao pequeno empresário, mas também os microempreendedores individuais (MEIs). “O MEI é o primeiro corte em termo de faturamento, a microempresa o segundo, que vai até 4 milhões e 800 reais de faturamento anual na receita declarada. Então, falar um pouquinho de como atender esse segmento é falar um pouquinho também do FNO, que tem um recurso destinado para atender os setores prioritários e, dentro dos setores prioritários, nós temos as micro e pequenas empresas”, destaca.

Edmar lembra que as linhas de crédito atendem a necessidade de capital chamada de ciclo curto, que é aquele primeiro recurso que vai dar fôlego para esse empresário, com a aquisição de matérias-primas, insumos, compra de produto de estoque e algumas necessidades de despesas mensais, como folha de pagamento, tributos, e a própria questão de despesas operacionais e o investimento. Observar a taxa de juros, no caso de pedidos de financiamento, é uma das dicas mais importantes que Edmar ressalta. Não adianta, segundo ele, o empresário, pela necessidade ou urgência, tomar o primeiro financiamento disponível, pela acessibilidade.

Ou seja, nesse sentido, uma decisão errada pode comprometer o fluxo de caixa da empresa e ainda a capacidade de pagamento. A taxa de juros da FNO, por exemplo, varia de 8 a 11% ao ano, o que significa em torno de 2% ao mês – Edmar reforça a importância de levar em consideração o momento econômico, em que a inflação chegou aos dois dígitos e passou de cerca de 10% nos últimos 12 meses. Em um primeiro momento, Edmar indica o financiamento para ter capital de giro, e, assim, posteriormente, dar um passo maior.

 “Esse primeiro crédito que está mais acessível, muita das vezes, é o que ele vai ter o maior custo financeiro. E o maior custo financeiro usando esse exemplo que nós falamos de pegar um recurso de capital de giro, que é para o giro da atividade do seu negócio, porque ele mobiliza isso com investimento. É um risco muito grande essa prática, porque ele está pegando o juros mais alto e ainda está pagando o menor prazo. Então o primeiro cuidado é olhar uma taxa de juros que ele está tomando esse crédito e segundo cuidado em relação ao prazo. Um prazo médio de 24 meses, 36 meses para pagar”, explica.

Veja as opções de financiamento do Basa

FNO AMAZÔNIA EMPRESARIAL VERDE

  • Público-Alvo: Empresas de todos os portes, inclusive o MEI;
  • MEI: até 36 meses, com carência até 05 meses;
  • Demais Portes: até 15 anos (carência até 04 anos), podendo ser até 20 anos para projetos de atividade turística, relativamente aos meios de hospedagem;
  • Para Capital de Giro: até 36 meses, com carência até 05 meses;
  • Atividades: Agroindústria, Indústria, Turismo, Cultura, Comércio, Prestação de Serviços, Atividades Agroindustriais e Indústrias voltadas à exportação, Saúde e Educação.

FNO CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO

  • Público-Alvo: Empresas de todos os portes do setor não rural;
  • Prazo Total: até 20 anos, com carência de até 05 anos;
  • Atividades: Indústria; Agroindústria; Turismo; Comércio; Prestação de Serviços; e Atividades Agroindustriais e Industriais voltadas à Exportação; 
  • Limite conforme a capacidade de pagamento do empreendimento;
  • O investimento poderá ser associado a Capital de Giro;
  • Bônus de Adimplência e Isenção de IOF.

Crédito comercial: Amazônia Giro Essencial

Linha de crédito para Capital de Giro destinada às micro e pequenas empresas, para aquisição de matérias-primas, insumos, bens ou produtos para a formação ou manutenção de estoque do empreendimento.

  • Condições:
  • Prazo Total: até 48 meses;
  • Carência: até 04 meses;
  • Taxas de Juros serão pré e pós-fixadas, com IOF;
  • Valor apurado conforme metodologia de análise do Limite de Crédito Automático.

COMO OBTER FINANCIAMENTO NO FINEP

A Finep opera seus programas e produtos por meio de apoio financeiro reembolsável e não reembolsável (que não precisa ser devolvido) e de investimento. As principais formas dos clientes apresentarem suas propostas são:

Fluxo Contínuo: mecanismo utilizado para o atendimento das demandas induzidas ou espontâneas a qualquer momento. É mais frequentemente utilizado para financiamento reembolsável a empresas.

Chamadas Públicas: ações estruturadas com seleção por meio de um processo de competição aberto ao público. São mais frequentemente utilizadas em programas de subvenção econômica e programas de apoio com recursos não-reembolsáveis.

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