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Empreendedores buscam cooperativas de crédito para obter investimento

Instituições oferecem vantagens para micro e pequenos negócios com capacidade de pagamento

Fabrício Queiroz

No Estado do Pará mais de um milhão de pessoas estão direta ou indiretamente ligadas a alguma instituição cooperativista, de acordo com dados do Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Essa forma de organização que surgiu há mais de 200 anos tem no cooperativismo de crédito um segmento particularmente forte aqui no estado. Atualmente, mais de 76% dos cooperados paraenses estão vinculados a essas instituições.

Os produtos e serviços financeiros encontrados são os mesmos de qualquer banco e incluem: conta corrente, cartões de crédito, consórcios, seguros, financiamentos e investimentos. O diferencial é, sobretudo, o status do associado, o que pode representar uma grande vantagem, especialmente para um micro ou pequeno empreendedor.

“As cooperativas de crédito são instituições financeiras de propriedade dos seus sócios, administradas e controladas democraticamente por eles, sendo assim, não têm fins lucrativos, o que acaba diminuindo o custo das operações de crédito, em relação aos bancos tradicionais, especialmente os bancos privados. Além disso, o atendimento diferenciado tende a deixar aumentar a facilidade e diminuir o tempo na obtenção do crédito pelo associado”, explica Sérgio Melo, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon PA/AP).

Para Melo, essas características tornam as cooperativas de crédito uma opção vantajosa a se levar em conta na hora de buscar investimentos para um negócio próprio. “Para o micro e pequeno empreendedor, facilidade, rapidez e baixo custo do crédito são condições que podem encaminhar o sucesso do empreendimento. Além disso, faz diferença ser associado e não cliente, ou seja, participar dos resultados da cooperativa quando eles forem positivos”, acrescenta.

Os atrativos dessas instituições são percebidos cada vez mais pelos empreendedores paraenses. Andréa Almeida, diretora superintendente do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob Cooesa), destaca que, devido ao foco das cooperativas estar voltado ao desenvolvimento social e à educação financeira, elas tendem a ter condições facilitadas, independente do porte do negócio.

Para isso, no entanto, Andréa Almeida ressalta que é necessário observar alguns aspectos relativos à dinâmica desse relacionamento para que o empreendedor tenha acesso aos serviços que busca na cooperativa. “Quando a gente concede crédito, o que é determinante para uma concessão favorável é evidenciar a capacidade de pagamento”, pontua.

Nesse sentido, a diretora superintendente da Sicoob orienta os empreendedores a ajustar a vida financeira e administrativa da sua empresa quando solicitar os serviços. Só assim é possível garantir as melhores condições em termos de taxas e prazos, que podem ser determinantes para alcançar os resultados esperados pelo investimento.

“O que essas empresas precisam é ter sua documentação muito bem organizada. É um negócio, então o controle das receitas, das despesas, da viabilidade, o que ele vai precisar de investimento, se vai ser maquinário, se vai ser capital de giro, como ele espera ter retorno. Não importa o tamanho da empresa, isso precisa sempre estar muito claro para que ele pegue o crédito adequado ao objetivo que ele vai usar o recurso”, conclui.

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