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Empreendedoras participam de premiação para alavancar negócios

Sebrae já encerrou inscrições, mas a primeira fase deve começar ainda em agosto

Elisa Vaz

As empreendedoras à frente de pequenos negócios no Pará têm a chance de se destacar em uma premiação que busca estimular o empreendedorismo feminino por meio da história de profissionais que conseguiram se sobressair no cenário. O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que já encerrou as inscrições, conta com 141 empresas paraenses participando, sendo que o Pará foi o 7º Estado com o maior número de inscrições no país e o primeiro da região Norte, aponta o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Puderam se inscrever as microempreendedoras individuais (MEIs), líderes de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), além de produtoras rurais. A etapa estadual está prevista para agosto e a regional para setembro.

O prêmio é composto por três etapas: estadual, regional e nacional. Na etapa estadual, serão escolhidas até três candidatas de cada Unidade da Federação, sendo uma da categoria de pequenos negócios, uma produtora rural e uma MEI. A etapa regional será eliminatória para a fase nacional e não prevê premiação ou divulgação. Serão escolhidas três representantes por região do país, uma para cada categoria. E na fase nacional as 15 vencedoras regionais estarão automaticamente classificadas para a final nacional da premiação.

Gerente da Unidade de Soluções e Inovação do Sebrae no Pará, Renata Batista enfatiza que, durante o cenário crítico da pandemia da covid-19, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) revelou que, no terceiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação foi estimada em 12,8% para os homens e em 16,8% para as mulheres, aumentando a probabilidade de busca pelo empreendedorismo entre as pessoas do sexo feminino.

Isso, na opinião dela, reforça a necessidade de estimular a inserção consciente e orientada de mulheres no mundo dos negócios, para que possam aumentar seus rendimentos, gerar empregos, ter sustentabilidade no mercado e, sobretudo, ser independentes e protagonistas de suas vidas. “A premiação é uma forma de atrair atenção para esse universo, mostrando, por meio de exemplos reais, que é possível ter uma jornada de sucesso no empreendedorismo, mesmo como todos os desafios inerentes ao gênero feminino”, aponta.

Na opinião da gerente, compartilhar histórias reais, de mulheres que residem no mesmo Estado, e até na mesma cidade ou bairro, que possuem dificuldades semelhantes, materializa para outras mulheres que ainda estão com receio de apostar no empreendedorismo que há espaço e possibilidade de êxito. As dicas que Renata dá para as empreendedoras que querem se destacar são: estudar o universo e a área em que deseja empreender; construir uma rede de apoio que pode envolver outras mulheres; inovar em uma área em que existe demanda; e resolver problemas.

História de sucesso

A designer de produtos e empreendedora Kelly Badarane, de 37 anos, já fez consultorias, capacitações e cursos por meio da entidade. Ela começou seu negócio há mais de uma década, mas participou do prêmio pela primeira vez em 2012 – ficou em segundo lugar na categoria de MEI no Pará. Já em 2014 a profissional ficou em primeiro lugar na fase regional da premiação, também na categoria de microempreendedor individual. Ela conta que isso fez toda a diferença em sua empresa porque passou a ter mais demanda e o faturamento começou a crescer.

image Kelly tem um ateliê e esteve no pódio da premiação nos anos de 2012 e 2014, nas fases estadual e regional, respectivamente (Igor Mota / O Liberal)

“É muito importante para quem tem um negócio e para quem é mulher empreendedora, que, muitas vezes, trabalha dentro de casa, onde você tem que cuidar do lar e do filho, e mesmo empreendendo em um espaço fora de casa você também tem que dar esse apoio. Então, é essencial ser reconhecida, para saber que estamos no caminho certo, para valorizar nosso trabalho, autoestima. Abriu muitas portas para mim, até porque recebi qualificação e capacitação sobre gestão, formação de preço, embalagem, toda a parte de divulgação. Tem um padrão desenvolvido por trás”, ressalta.

Legalmente, a empresa está formalizada desde 2011, mas no início era voltada para acessórios e moda, na parte de bijuterias, que era um lazer para Kelly, mas também uma fonte de renda extra que começou na faculdade, com marca e produção próprias. Depois a empresária conheceu a costura, gostou e também começou a produzir itens nessa área, como porta-moedas, necessaire, um pouco de tudo. “Depois conheci uma linha de enxoval, comecei a produzir fraldinhas de bebê e toalhinha de banho, até evoluir e chegar nas maletas de maternidade. Hoje tenho uma linha bem grande de produtos”, conta.

Negócio é expandido durante a pandemia

Em 2020, com o início da pandemia, Kelly aproveitou a oportunidade e expandiu seu negócio: passou a produzir máscaras. Segundo ela, a demanda era muito grande: chegava a fazer 100 unidades por dia. As duas máquinas de costura domésticas que a empreendedora tinha já não davam mais conta, e Kelly precisou adquirir uma estrutura industrial - máquina, bordadeira e overlock, um tipo de máquina de costura industrial que efetua simultaneamente a costura e o chuleio (acabamento das bordas. Foi então que conseguiu montar um ateliê mais completo e profissional. E a criatividade para empreender não acabou; das máscaras ela passou para acessórios de máscara, como necessaire para guardar.

“Também passei a produzir outros produtos que as pessoas começaram a pedir para dentro de casa, como a parte de mesa posta, jogo americano, lenço de boca, porta-talher e outros. Na época eu consegui colocar duas pessoas para me ajudar porque a minha demanda cresceu muito. Quando acabou um pouco o número de pedidos de máscaras foquei no enxoval, com maletas, organizadores de mala, acessórios para bebê, fraldas e mantas personalizadas e outros”, lembra.

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