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Em 13 anos, mais de 17 mil crianças e adolescentes sofreram violência sexual em Belém

Nesta terça, no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura de Belém realiza o 'Pipaço por direitos!' para reforçar a causa

João Thiago Dias

Em Belém, de 2009 a 2021, 17.495 crianças e adolescentes - menores de um ano até 19 anos - foram abusadas sexualmente. A maioria dos casos ocorreu dentro de casa, e os principais abusadores foram o pai, padrasto, familiares e amigos, conforme informou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

No Pará, entre janeiro e abril de 2021, as ocorrências de violência contra crianças de zero a 12 anos cresceram 17,06%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Enquanto que em 2020 foram 580 casos, este ano, somou 679 notificações, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup).

Os dados ganharam destaque diante da campanha "Maio Laranja", mês de enfrentamento a esse tipo de violência, e do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta terça-feira (18).

Esse dia foi instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000 para marcar a luta dessa causa, porque foi nessa data, no ano de 1973, que a menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de oito anos, foi sequestrada, drogada, abusada e morta, em Vitória (ES), e os responsáveis pelo crime foram absolvidos.


Pipaço

Para marcar a data, que também celebra o Dia de Luta Antimanicomial e o Dia de Luta contra o Genocídio da Juventude Negra, a Prefeitura de Belém vai realizar, nesta terça, o "Pipaço por direitos!", evento simbólico e lúdico em defesa dos direitos humanos. Será às 9h, na Aldeia Cabana de Cultura Amazônica David Miguel, no bairro Pedreira.

Promovido pelas Secretarias Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (SecDH) e de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), o Pipaço será feito por crianças, jovens negros e pessoas com sofrimento psíquico. Por conta da pandemia, a convocação não foi ampla para evitar aglomerações, conforme explicou a Prefeitura de Belém.

"18 de maio é um dia importante para a defesa de direitos. E como não podemos aglomerar, por causa da pandemia, iremos empinar pipas, para mostrar, de forma simbólica, que queremos a garantia da liberdade de nossas crianças, de nossos jovens e das pessoas em sofrimento psíquico", comentou o titular da SecDH, Max Costa.

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