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Primeiro trimestre tem mais empresas abertas no Pará que no mesmo período de 2020

Maior percentual é de microempreendedores individuais

Elisa Vaz
fonte

O primeiro trimestre deste ano, entre janeiro e março, encerrou com 24.362 empresas abertas no Pará, o que representa um crescimento de 30% em relação ao que foi registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa).

Entre esses empreendimentos, o porte que respondeu ao maior percentual foi o de microempreendedores individuais, com 19.808 novos negócios nos três primeiros meses do ano. Atrás dessa categoria, aparecem as sociedades limitadas (1.909), as Eireli (1.535) e os empresários individuais (1.024).

Quanto ao tipo de atividade, a Jucepa informou que as áreas mais abertas foram a do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, comércio varejista de bebidas, lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares e comércio varejista de artigos de armarinho.

Já os municípios que mais se destacaram em abertura de empresas no trimestre foram Belém (7.340), Ananindeua (2.619), Santarém (1.207), Marabá (1.027) e Parauapebas (1.007).

Segundo a presidente da Junta Comercial, Cilene Sabino, hoje é muito mais fácil abrir uma empresa no Pará, por conta da desburocratização em que o governo estadual tem investido. “Desde fevereiro do ano passado digitalizamos o processo. Isso contribui muito para este resultado tão positivo. Muitos negócios já existiam na informalidade e, com a facilidade, passaram a ser formais e regulares”, afirma.

Outro ponto que resultou no crescimento do número, para Cilene, foi a credibilidade no governo em meio à situação que a economia atravessa, por conta da pandemia da covid-19. “O empresário precisou de crédito para superar este momento. E para ter acesso aos recursos do Estado tem que ser formalizado, existir no mundo jurídico. Além disso, para fornecer seus serviços e produtos para outros mercados, o negócio precisava emitir nota fiscal. E só abrindo, de fato, uma empresa, isso seria possível”.

A presidente ainda declara que, com a digitalização dos serviços da Junta, mesmo na pandemia, o órgão não deixou de funcionar e atender o público. Para os próximos meses, a expectativa de Cilene é de que os números continuem em crescimento.

Pequenos negócios têm destaque

Ainda segundo os dados da Jucepa, os pequenos empresários tiveram destaque no total de empresas abertas no Estado neste primeiro trimestre. Na avaliação do diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Rubens Magno, os pequenos negócios tiveram grande participação neste resultado e são fundamentais para a economia neste momento de pandemia.

“Temos no Estado cerca de 363 mil pequenos negócios, que foram os responsáveis pela geração de 9.215 empregos nos primeiros dois meses do ano, enquanto nas grandes empresas o déficit de empregos foi de 384. Portanto, podemos evidenciar a importância dos pequenos negócios para o equilíbrio da balança da economia e o quanto são fundamentais para a geração de emprego e renda”, aponta.

O diretor afirma, também, que apesar da pandemia e das restrições de circulação por conta da necessidade do isolamento social, percebe-se que os pequenos negócios estão sendo o motor da economia no país, e o Pará tem destaque neste quesito, pois, historicamente, os pequenos negócios no Estado desempenham papel importante, principalmente em momento de crise, diz ele.

“Nas crises, geralmente, os pequenos negócios são os primeiros a serem impactados, mas também são, em geral, os que reagem primeiro. Nesse contexto, como Sebrae, estamos acompanhando o dia a dia dos empreendedores, suas dificuldades e incertezas. Por isso, nos adaptamos e ofertamos orientação remota quanto à gestão com foco no mercado, inovação e orientação para o crédito. Nossa esperança é de que o cenário melhore e que os negócios cresçam está estritamente condicionado à vacinação em massa da maioria da população. O crescimento da economia depende da vacinação. Torcemos e acompanhamos o cenário com muita esperança e expectativas de dias melhores para todos”, finaliza o especialista.

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