Às vésperas do Dia da Mulher flores ficam mais caras em Belém

Vendedores e consumidores contam suas estratégias para driblar os preços mais altos

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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Os consumidores que buscam as floriculturas nos próximos dias já se deparam com preços mais altos. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (DIEESE/PA), o setor apresentou, no período de um ano, uma variação de até 10% nos preços. Representantes do setor e consumidores explicam que os momentos de alta são normais e contam suas estratégias para driblar essa fase.

“A rosa estava R$12, agora para o dia da mulher vai para 15, então, tem diferença. Um buquê que era R$120, em dia normal, ele vai pra R$200 reais”, ressalta a vendedora Aldeisi Lima. A profissional afirma que devido aos preços elevados das distribuidoras, fica impossível não adicionar os acréscimos no produto final aos consumidores. Segundo ela, o crescimento do setor e as novas floriculturas também intensificam essa variação no período de maior demanda. “Agora abriu mais floricultura e tem mais concorrentes”, afirma.

A rosa se mantém entre as flores mais procuradas segundo a vendedora, seguida por Lírios, Boca de Leão e Margaridas, por exemplo. O estudo do DIEESE identificou a variação das rosas considerando tipo, arranjo e quantidade ofertada. A pesquisa registra que os buquês de rosas estão em até R$165 este ano, contra a maior variação registrada de R$150 no mesmo período do ano passado.

Embora já esperasse a alta no preços, o engenheiro agrônomo Rômulo Almeida demonstra um descontentamento devido aos impactos do preíodo no seu trabalho. “A gente que acaba consumindo acaba sentindo essa variação de preço, que acabam ficando muito mais altos do que a gente espera, mas a gente quer continuar trabalhando e tem que escolher o que a gente leva devido essa variação”, explica. O consumidor conta que para contornar os preços, a sua estratégia é montar buquês com mais volume. “Usar algumas folhagens que façam volume para preencher mais o espaço”.

O dono de floricultura, Daniel Santos, compartilha estratégias similares para superar os períodos de alta demanda que segundo ele, somam quatro momentos ao ano. “O Dia da Mulher, o Dia dos Namorados, o Dia das Mães, que inclusive é maior do que o Natal, e o Natal, mas o Dia das Mães ainda é a data que a gente tem um maior fluxo de pedidos, maior número de clientes atendidos, de encomendas”, destaca.

Para vencer a alta dos preços, o proprietário faz os pedidos diretamente com os produtores e de maneira antecipada para evitar alta perto das datas. “Geralmente, a gente adota a estratégia de fazer o pedido antes, tem alguns produtos que a gente consegue, por exemplo, no caso de Orquídeas, a gente consegue pedi-las um pouquinho antes da data, e aí a gente consegue dar uma segurada no valor”. Segundo ele, outros produtos como flores e buquês a alternativa é agregar valor. “A gente dá uma elaborada na embalagem, coloca algum produto ali para deixar um pouco mais bonitinho e tenta dar uma diminuída, por exemplo, no arranjo de flores”, explica.

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