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É Pará Isso: o calendário de festas do povo indígena Gavião

André Guajajara fez um guia contando um pouco sobre algumas dessas programações e suas brincadeiras

Alan Bordallo, especial para O Liberal

Ao longo do ano, o povo indígena Gavião, do Sul do Pará, celebra sua cultura por meio de festividades. André Guajajara fez um guia contando um pouco sobre algumas dessa programações e suas brincadeiras, que variam de dois dias a um mês, e envolvem disputas esportivas, pinturas, cantos e danças, em dinâmicas que envolvem a maioria das famílias que moram no local.

A festividade que abre o calendário de celebrações do povo Gavião é o Pohytetet, que marca a safra do milho verde. Esta festividade dura dois dias e tem um caráter lúdico: os povos Arara e Gavião (Pàn mēn Hák na linguagem tradicional) se reúnem para jogar uma espécie de jogo de peteca. Só que a peteca é feita com materiais naturais, como a casca de milho e sementes do urucum. Ao fim de dois dias de brincadeira, os anciãos da aldeia se reúnem para decidir as próximas festas.

O primeiro passo para tal é a escolha das kwyi, que são as rainhas da festa. Uma vez escolhidas, as opções são de festa são Pàn mēn Hák (Arara e Gavião) ou Tep, Xêxêtere e Têré (Peixe, Arraia e Lontra). Estas são festividades que acontecem apenas no inverno e são marcadas por jogos como: corrida de tora, corrida com varinha e arco e flecha. Ao contrário da festa da safra do milho, as que celebram a fauna local duram mais tempo: acontecem por cerca de dois meses. E nem só de esportes vivem estas festas: os “parentes”, como os indígenas chamam uns aos outros, cantam e dançam ao longo da noite.

Já as festas de verão começam quando as kwyi são batizadas. Dá-se início então a outras brincadeiras:  Krixwy e Wewehakti. Os Krixwys são os protetores da aldeia. Não se pode falar, olhar ou citar seus nomes. Se o protetor for uma criança, o indígena deve pintá-la de madrugada e dar banho de tarde. Esta brincadeira dura um mês. Já no Wewehakti, os parentes pegam os filhos de outros e levam para casa. Para pegar seu filho de volta, os pais devem “pagar” com frutas.

Os festejos do povo Gavião, suas brincadeiras, jogos e costumes, foram retratados por André Guajajara em seu mais recente conteúdo nas plataformas digitais de O Liberal. Ele foi um dos seis selecionados do projeto "É Pará Isso", desenvolvido pelo Grupo O Liberal e Meta (Facebook/Instagram) e com apoio do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner).

Durante os meses de junho e julho, seis produtores de conteúdo vão mostrar em vídeos o potencial cultural, turístico e histórias de diferentes regiões do Estado. As produções são divulgadas nas redes sociais de O Liberal e estão disponíveis em OLiberal.com/e-para-isso.

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