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Dupla usa nome da República do Emaús para aplicar suposto golpe

Nesta terça-feira (28), os indivíduos foram vistos na alameda Francisco de Moraes, pedindo doação de aparelhos eletrônicos e alimentos

João Thiago Dias
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Moradores da alameda Francisco de Moraes, no bairro da Cabanagem, em Belém, denunciaram à reportagem que dois rapazes não identificados, aparentando idade entre 30 e 35 anos, tentaram aplicar um suposto golpe neles utilizando indevidamente o nome do Movimento República de Emaús, que há 50 anos atua na promoção e defesa de direitos de crianças e adolescentes em situação de risco social na capital paraense.

Por volta do meio-dia desta terça-feira (28), os indivíduos foram vistos passando de porta em porta nesta alameda, pedindo doação de aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares, além de alimentos, que, segundo a dupla, seriam destinados para o Emaús. No entanto, de acordo com o coordenador do Emaús, José Maria da Costa, deve se tratar de um golpe, já que não há equipe de coleta nas ruas.

"Nosso caminhão de coleta está até na oficina. Durante a pandemia, paramos de realizar coletas para proteger nossa equipe e os doadores. Desde o dia 23 de março que suspendemos as coletas", informou José Maria. "Uma integrante do Emaús que mora lá nessa área da Cabanagem que nos avisou desse possível golpe. Mas não estamos pedindo nada. Nem cesta básica", esclareceu.

Segundo Maria de Lurdes Silva, a integrante do Emaús que entrou em contato com José, a dupla não era conhecida e estava bem vestida. "Com camisa, calça, não pareciam moradores de rua. Passaram em várias casas pedindo televisor, celular, computador. Mas apenas dois vizinhos doaram um quilo de arroz e cinquenta centavos", informou.

Beto Barbosa, morador que também viu a dupla, disse que ela prometeu voltar para buscar mais doações. "Na hora que eles estavam pedindo para uma vizinha, eu estava perto e ouvi. Disseram que iriam voltar para buscar mais doações. Que iriam buscar uma Kombi que estaria por perto para levar os aparelhos. Mas não vimos Kombi nenhuma. E nem voltaram', relatou.

A reportagem solicitou uma nota para a Polícia Civil questionando se existe algum registro de golpe desse tipo, envolvendo o nome do Emaús, ou se existe algum registro referente a possíveis suspeitos pedindo essas doações na área da Cabanagem ou em outros bairros da cidade. Assim que houver resposta, o texto será atualizado.

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