Soluções: projeto retorna água da chuva para comunidades

Além de oferecer sistema de captação, iniciativa também atua em ações de educação ambiental com palestras e workshops

Dayane Baía
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O clima quente e úmido predominante na floresta amazônica favorece a incidência de chuvas, uma região que possui 12% da água potável do planeta Terra. Mesmo assim, 10 milhões de pessoas no território, principalmente comunidades tradicionais, ainda sofrem sem acesso ao recurso. 

Porém, o Amana Katu (“Chuva Boa” em tupi), uma iniciativa desenvolvida por jovens, tem ajudado a mudar essa realidade. Criado em 2017, no time Enactus UFPA, o grupo é formado por jovens líderes da Amazônia com o objetivo de criar projetos voltados para comunidades em situação de vulnerabilidade social. 

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Em 2018, a ideia do primeiro sistema de captação de água da chuva foi tirado do papel dentro do Laboratório de Saneamento da Universidade Federal do Pará, que foi levado para uma comunidade do município do Acará-PA. 

O projeto se tornou uma start up de impacto social e passou a atender clientes e grandes empresas, como a Ambev e a Ford, que acreditaram no potencial e investiram no negócio. A captação ocorre a partir do calhamento do telhado que leva a água por uma tubulação que realiza purificação e armazenamento para reaproveitamento da água. Além disso, os recipientes (bombonas) são insumos descartados pela indústria alimentícia e reutilizados pela Amana Katu.

image Captação de água permite o uso sustentável do recurso em comunidades ribeirinhas (Divulgação / Amana Katu)

São 53 sistemas já instalados que beneficiam 8.500 pessoas com o acesso de água potável na zona urbana da região metropolitana de Belém e nas comunidades rurais em Santa Izabel, Barcarena e Oriximiná. Já foram aproveitados mais de 3 mil metros cúbicos de água da chuva com a iniciativa. 

Apesar de ter um CNPJ, a estrutura é de um negócio de impacto social com uma proposta de valor bem definida. “O Amana Katu tem a missão de levar o acesso à água potável para comunidades ribeirinhas na Amazônia a partir do sistema de captação da água da chuva sustentável e de baixo custo. Com o sistema comercializado, o dinheiro que entra paga todos os custos da empresa e o que sobra é reinvestido no impacto. A cada cinco sistemas revendidos por R$ 550, em média, doamos uma unidade para uma comunidade ribeirinha que não pode pagar por ela”, explica Wilson Costa, sócio e diretor executivo do Amana Katu. 

As lideranças comunitárias são treinadas para o uso e manutenção dos sistemas. A iniciativa também atua em ações de educação ambiental com palestras e workshops para abordar a situação hídrica na Amazônia, levando conhecimento sobre gestão do recurso hídrico. 

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