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Do alto das palmeiras até os corações das famílias paraenses

A temática “Eu Amo Açaí” se tornou símbolo de cultura e motivo de festejo na capital

Marina Pereira
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Servido sem açúcar, com açúcar e até mesmo com peixe frito, em terras paraenses o “Ouro roxo da Amazônia” é sempre bem-vindo. A fruta é um dos alimentos mais consumidos pelos paraenses e faz parte da cultura gastronômica do estado. Indispensável por qualquer papa-chibé, como são conhecidos os que nascem no Pará, e presente em quase todas as refeições, o açaí é conhecido por ser o “feijão” dos paraenses, podendo ser servido no almoço, lanche e janta. 

image 'Open de açaí' foi o tema da festa de aniversário de 90 anos de Dausalina Pereira (Arquivo pessoal)

Em Belém, a paixão pelo fruto virou festa e se tornou o tema do aniversário de 90 anos da senhora Deusalina Pereira. Natural da cidade de São José do Gurupi, localizada no nordeste paraense, a relação com o açaí começou desde a infância, onde a idosa cuidadosamente amassava o fruto para o consumo, e perpetuou até às refeições atuais, que são acompanhadas por uma bela porção de peixe e farinha d’água. O “Open de açaí”, como ficou conhecido o aniversário, contou com um banquete de dar água na boca e para paraense nenhum colocar defeito. Foram 60 litros de açaí, acompanhados de filé de peixe, camarão, charque, farinha de tapioca e farinha d’água de Bragança, além da decoração caprichosa com direito balões roxos, brigadeiros simbolizando o fruto e plaquinha com os dizeres “Eu Amo Açaí”.

A neta da aniversariante, Sheyla Pereira, contou que o tema da festa surgiu durante uma reunião de família e que imediatamente todos abraçaram a ideia, se uniram e prepararam uma grande comemoração. A estudante de gastronomia contou ainda sobre a grande repercussão nas redes sociais, que alcançou a marca de mais de 3 mil curtidas.  “A festa foi bem legal, ela ficou super feliz. Minha avó gosta muito de açaí, toma todos os dias, é o alimento principal nas refeições dela, pode faltar tudo, menos o açaí, então nada mais justo que fazer o aniversário dela dentro dessa temática. Costumamos brincar que o açaí a sustentou até aqui, afinal, ela é uma senhora de 90 anos lúcida, não tem problemas de saúde e é super saudável. Ainda tivemos uma repercussão nas redes sociais com a publicação do meu filho e não esperávamos por isso, brincamos que ela está famosa agora”, completou. 

Eternizando momentos 

O “Ouro roxo da Amazônia” é preferência absoluta entre os paraenses de todas as idades.  O amor pelo açaí perpassa gerações, e a introdução alimentar com o fruto começa desde cedo, logo nas primeiras idades, carregando consigo o reforço costumes, vínculos e até mesmo valor afetivo com a cultura local. Pensando em eternizar esse primeiro contato dos pequenos paraenses, o fotógrafo e artista plástico, Davi Souza, criou o projeto “Meu Primeiro Açaí'', que iniciou em 2016 e coleciona mais de 250 ensaios de apaixonados pelos fruto. 

image A pequena Helena Souza, filha do idealizador do projeto, deu início a ideia com o seu ensaio fotográfico. (Davi Souza)

O fotógrafo conta que a ideia inicial surgiu a partir do desejo em registrar e eternizar o primeiro contato da filha Helena com a comida preferida dos paraenses, o açaí. Sua grande motivação é oportunizar o registro de momentos que ficarão para sempre e que farão com que a cultura paraense se mantenha sempre viva. “O açaí é algo muito presente na nossa vida, como quase todo paraense que se preze. Mas o que fez com que a gente quisesse fazer o ensaio foi a necessidade de marcar na nossa primeira filha a identidade e a nossa cultura de um jeito que ela nunca mais esquecesse, nem nós .Foi tudo feito sem pretensões de viralizar ou muito menos virar um negócio, mas a repercussão foi tão grande que após a publicação do ensaio, meu celular não parava de tocar com pessoas pedindo orçamento para fazerem com seus filhos. Foi aí que transformei o ato de tomar açaí se tornou em um negócio cheio de identidade”, revela o artista.

image O fotógrafo já atendeu mais de 250 famílias e atende públicos de todas as idades. (Davi Souza)

Atualmente, com mais de 5 anos de existência, o projeto conta com um cenário repaginado, com desencaroçador inox, vasos com mudas de açaí, bandeiras do Pará, brinquedos de miriti e vários outros elementos que compõem a cultura regional. Os ensaios contam com duas versões, interna e externa. E o fotógrafo garante que o projeto não há limite de idade, apenas adaptações e recomendações. “O legal do ensaio é que não tem limite de idade. Já fiz com uma senhora de 90 anos que amou a experiência, neste caso eu adaptei o cenário para ela sentar e ficar mais à vontade. Já os bebês, é recomendável fazer o ensaio quando eles já conseguem sentar e procurar sempre a orientação do pediatra”, complementou. 

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