Dermatologista alerta para cuidados com o uso do álcool em gel

Apesar de ser indispensável durante a pandemia da covid-19, produto precisa ser usado corretamente para evitar transtornos

João Thiago Dias

O álcool em gel se tornou um item indispensável no mundo durante a pandemia da covid-19. No entanto, mesmo sendo altamente recomendado para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, é preciso cuidado na utilização excessiva para evitar ferimentos, não machucar os olhos, além de conter o risco de queimadura pelo manuseio perto do fogo.

De acordo com a dermatologista Rossana Veiga, professora e chefe do serviço de dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), a dica é priorizar água e sabão quando for possível. "Lavagem com água e sabão pode evitar o excesso de álcool. Recomendamos que crianças, adultos ou idosos lavem mais as mãos para evitar vários vírus e doenças", destacou.

Ao longo de quase um ano de pandemia, muitas pessoas relatam ressecamento nas mãos por conta do uso repetitivo desse tipo de álcool. A especialista explica que os quadros clínicos desse aspecto precisam ser tratados dermatologicamente, mas isso não anula a importância da utilização da substância na prevenção.

"Os cuidados para evitar o coronavírus não podem ser descartados nunca. Quando for passar, tem que tomar cuidado com a repetição, pois pode gerar ressecamento, irritação, espessamento, coceira ou até eczemas. Cuidado para não passar nos olhos nem nas narinas", orientou.

Com várias opções nas prateleiras, é necessário cuidado na hora de escolher o produto. "Deveria ter só um tipo de álcool em gel, que é o álcool 70 em forma de gel. Mas colocam misturas com substâncias hidratantes. Na prática, não têm capacidade de hidratar. Dá ideia de produto mais suave, mas deve-se usar sem misturas", recomendou Rossana.

Na hora do uso, também é fundamental que o produto evapore. "Quando entrar em contato com superfície suspeita que possa contaminar, aplicar álcool em gel nas mãos, espalhar bem e deixar evaporar. Não pode deixar ficar acumulado em forma de creme. E tem que ter controle para evitar contatos. Evitando, assim, a necessidade de uso", detalhou.

Não há outras alternativas menos irritativas. Por isso, o ideal é controlar a quantidade de vezes que se usa. "O ideal é lavar com água e sabão, mas se não for possível, usar álcool, que representa a praticidade para a higiene. Não é uma substância alergênica, mas pode irritar porque estamos há muitos meses utilizando", reforçou a dermatologista.

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